São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2004

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DA REPORTAGEM LOCAL

Do "seguro andaime" a R$ 3,50 mensais ao seguro vip, cujos valores variam de acordo com a capacidade de pagamento das classes A e B, o mercado tem produtos para todos os gostos e bolsos.
O Citibank Seguros, por exemplo, oferece o Citivida que cobre indenizações por morte de até R$ 2 milhões. "Mas podemos chegar a uma cobertura de até R$ 5 milhões, dependendo do cliente", diz José Roberto Loureiro, diretor-executivo da seguradora.
Ainda este ano chegará ao mercado um novo seguro para quem tem bolso largo e uma vida que vale mais de R$ 1 milhão. A Nationwide Marítima já apresentou ao IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) um produto nesse formato, que será vendido em grupo mas terá adesão individual.
"O objetivo é atender o público que contrata seguro de vida no exterior, o que é ilegal", diz Mariana Carlini, coordenadora de produtos da empresa.
A Icatu Hardford oferece o Invida Resgatável, que pode ser contratado por 10 anos. Após esse prazo, se não ocorrer a morte do segurado, ele resgatará a reserva acumulada corrigida pelo IGPM mais juros de 6% ao ano. A seguradora repassa, ainda, metade do excedente financeiro (o ganho que superar os 6% anuais).
Analistas ouvidos pela Folha consideraram alta a remuneração paga, pois o juro real (descontada a inflação medida pelo IPCA) está em 9,5% ao ano. "Hoje há títulos para lastrear a carteira que nos permitem garantir IGPM mais juros anuais de 6%", diz Luiz Cláudio Friedheim, diretor da Icatu.
Uma simulação feita pela seguradora mostra que para uma indenização por morte e invalidez de R$ 100 mil, o segurado terá de desembolsar R$ 755,00 mensais. Ao final de 10 anos terá pago R$ 90.600. Se a pessoa morrer no décimo ano de vigência do contrato, os beneficiários receberão R$ 215.527,84. Caso ela sobreviva, receberá R$ 115.527,84.
Nos cálculos já estão descontados o IOF (7%) e a taxa de carregamento que cobre despesas e o lucro da seguradora. No primeiro ano essa taxa é de 26,67% e incide sobre cada aplicação mensal. A taxa vai caindo ano a ano, chegando a 13,7% no décimo ano.
Outros seguros resgatáveis, como o "Cash Back", da Metlife, garantem apenas a correção da reserva pelo IGPM. O segurado define por quanto tempo vai contribuir - entre cinco e 20 anos- e o percentual de retorno do capital aplicado que deseja resgatar.
Há quatro opções para o resgate: de 20%, 50%, 80% e 100% do capital. "Quanto maior o percentual a ser resgatado, maior será o preço pago", explica Thad Burr, presidente da empresa.
No "Cash Back", uma pessoa de 45 anos que contrate uma cobertura por morte no valor de R$ 100 mil com resgate de 50% ao final de 15 anos de aplicação, pagará R$ 1.688,52 por ano. No total ela gastará R$ 25.327,80 e receberá R$ 12.193,20. (Sandra Balbi)


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