São Paulo, quinta-feira, 28 de junho de 2007

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Bolsas sobem na véspera da reunião do BC dos EUA

Fed deve manter juro em 5,25%; Bovespa tem alta de 0,54%

TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os mercados internacionais encontraram ontem motivos para voltar a apostar na alta das Bolsas e interromperam o sobe-e-desce dos últimos dias com a espera pela decisão do Fed [Federal Reserve, o BC dos EUA], que deve manter hoje os juros americanos em 5,25% ao ano.
Nos Estados Unidos, os juros dos títulos do governo americano desabaram após o Departamento de Comércio reportar um resultado fraco nas encomendas de bens duráveis, o que sinaliza desaceleração na maior economia do mundo.
Os pedidos recuaram 2,8% em maio, o maior em quatro meses. As maiores retrações foram vistas nas encomendas de aviões e máquinas. Sozinho, os pedidos de bens de capital recuaram 3%, o que foi visto com ressalvas pois significa diminuição nos investimentos.
A notícia derrubou os juros americanos. Os títulos de dez anos chegaram a ser negociados com retorno de 5,03% pela manhã, mas terminaram a 5,07% ao ano -baixa de 0,61%.
"O "statement" [comunicado] do Fed poderá dar uma visão geral de risco. Todos seguem em compasso de espera com o Fed. Precisamos de uma melhor definição da política monetária para saber se vão reduzir os juros entre o final do ano e o início do próximo ano. Sem isso, não haverá definição de tendência", disse Flavio Serrano, economista da López León.
A Bolsa de Nova York fechou em alta de 0,68% no índice Dow Jones e de 0,90% no S&P 500. Na Nasdaq, a alta foi ainda maior, de 1,21%, com os resultados positivos da Oracle.
A Bovespa seguiu o rumo internacional e encerrou com alta de 0,54% no Ibovespa. No mercado doméstico, o destaque ficou por conta da valorização das ações do setor de varejo.
"Surgiram oportunidades no setor de consumo, mineração, siderurgia e petróleo. O superávit primário ficou bem acima das projeções, o que incentivou mais a alta do Ibovespa e a queda do juros", disse André Ng, da Infinity Asset.
No mercado de câmbio, o dólar comercial encerrou negociado a R$ 1,944, com baixa de 0,56%. O BC comprou dólares à vista, mas pouco mexeu com as cotações da moeda americana.

Marfrig
No início da noite, a Bovespa informou que adiou o início de negociação das ações do frigorífico Marfrig, previsto para acontecer hoje. O processo de reserva de ações havia sido concluído. A CVM não divulgou os motivos que levaram à interrupção do processo.


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