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DÍVIDA EXTERNA
Tesouro troca títulos por papéis que vencem em 2037
SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Tesouro Nacional vai
trocar até US$ 1,5 bilhão de
títulos da dívida externa com
vencimentos em quatro anos
diferentes (2020, 2024, 2027
e 2030) por um papel mais
longo, que só será pago em
2037. A operação não era feita pelo governo desde 2003.
Essa é terceira etapa do
processo de alongamento e
redução dos juros pagos sobre a dívida externa. Em
março, o Tesouro Nacional
anunciou que compraria os
Bradies (títulos emitidos na
renegociação da dívida externa em 1995) e outros
US$ 13,4 bilhões em títulos
com vencimento em 2010. A
segunda etapa foi uma oferta
de compra de papéis com
vencimento até 2030, feita
no mês passado.
A operação de troca de títulos prevê que o investidor
entregue um dos títulos com
vencimento nas datas escolhidas pelo Tesouro Nacional e receba em troca o de
2037. A diferença de preços
será quitada em dinheiro.
Para evitar que o preço seja
inflado artificialmente, os
prêmios que serão pagos foram definidos com base no
preço dos papéis antes do
anúncio da oferta de compra.
Além de alongar o prazo de
vencimento da dívida, o governo também terá ganhos
com o pagamento de juros.
Os títulos com vencimento
em 2020, por exemplo, são
negociados a uma taxa de
12,75% atualmente. Isso significa que o Tesouro desembolsa cerca de US$ 120 milhões num ano para pagar juros sobre esses papéis.
Os títulos de 2037, por sua
vez, são negociados à taxa de
7,1% ao ano. Quando a troca
for feita, o desembolso cairá
para cerca de R$ 70 milhões.
A escolha dos títulos que
serão trocados foi feita com
base no volume de negociação. Os papéis escolhidos são
aqueles que têm poucas operações de compra e venda.
Os investidores podem fazer a opção de troca dos títulos até 2 de agosto. O resultado da operação será anunciado no dia seguinte.
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