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Ásia puxa a recuperação do comércio global, diz pesquisa
Volume dos negócios entre países recua 8,4% em 12 meses, calcula instituto
Desempenho dos países latino-americanos também melhora; em três meses, queda nas exportações passa de 6,9% para 3,2%
MARCELO NINIO
DE GENEBRA
O comércio mundial continua a desabar, mas dá sinais de
estabilização, sobretudo na
Ásia, segundo relatório mensal
do respeitado Escritório de
Análise Econômico da Holanda
(CPB, na sigla original).
A oscilação dos fluxos de comércio tem sido acompanhada
como um barômetro da crise
mundial, mas as notícias não
têm sido boas. Na semana passada, a OMC (Organização
Mundial do Comércio) calculou que o comércio global terá
contração de 10% em 2009, a
maior em 70 anos.
Os dados do instituto holandês confirmam a forte tendência de queda. Nos 12 meses até
maio de 2009, o volume de comércio foi 8,4% menor que no
ano anterior, registrando piora
em relação ao mês anterior.
Nos 12 meses até abril, a queda
havia sido de 6,4%.
O estudo holandês deixa claro que o encolhimento do comércio continua de forma
acentuada, mas não uniforme.
"Nenhuma região ainda mostrou um impulso positivo, mas
a Ásia está perto da estabilização", diz o relatório.
Depois de cair 13,4% nos 12
meses até fevereiro, em maio o
volume de exportações dos
emergentes asiáticos parou de
recuar, segundo o CPB.
Na semana passada a OMC
havia apontado a Ásia como a
região que deve puxar a recuperação do comércio global e estimou que neste ano a China possa superar a Alemanha como o
maior exportador do mundo.
Na comparação anual até
maio, os latino-americanos
também melhoraram seu desempenho, de acordo com o
CPB: em fevereiro, a queda das
exportações era de 6,9%; em
maio foi de 3,2%.
Em termos globais, a desaceleração do comércio também
parece ter freado nos últimos
meses. O caso mais evidente foi
o do Japão, cuja queda em termos anuais atingiu 2,3% em
maio, após mergulhar a dramáticos 29,5% em fevereiro. Nos
Estados Unidos também houve
melhora significativa: de um
declínio de 12,6% em fevereiro,
para um de 4,3% em maio.
Para o CPB, cujos dados são
usados pelo Banco Mundial e
pela Comissão Europeia, uma
outra comparação mostra sinais de alento para o comércio:
entre janeiro e maio deste ano,
a queda acumulada foi de 2,3%;
no período de novembro a janeiro, o tombo foi de 16,8%.
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