da Sucursal de Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso valeu-se ontem do anúncio da nova estrutura de preços dos combustíveis para faturar politicamente e lembrar que ela só foi possível por causa do Plano Real. "Se nós recuássemos no tempo, há uns quatro anos seria impensável acontecer o que está acontecendo", afirmou.
As mudanças na política do petróleo -com a consequente queda no preço dos combustíveis-, associadas à privatização da Telebrás e ao anúncio de nova redução nas taxas de juros, que deve ser feito amanhã, fazem parte do "pacote de bondades" desta semana.
Ele se contrapõe ao "saco de maldades" anunciado em outubro passado, na época da crise asiática, e tem como um dos efeitos a melhoria do desempenho eleitoral de FHC.
Por isso, ontem o presidente fez questão de lembrar que tanto a desregulamentação no setor de petróleo quanto a privatização do Sistema Telebrás têm como objetivo buscar melhorias no dia-a-dia dos cidadãos, e não apenas melhorar o perfil da economia.
Sem fazer referências à oposição, mas pregando a necessidade de conquistar a confiança do mercado internacional, FHC disse que o Brasil só está se tornando um pólo de atração de investimentos porque as regras não vão ficar sujeitas a "variações intempestivas".



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