ALESSANDRA BLANCO
de Nova York

A Bell Atlantic, a maior operadora de telefonia local dos EUA, está em negociações com a GTE Corp., uma operadora de telefonia local e de longa distância, para uma possível fusão. O acordo, avaliado em US$ 55 bilhões, está sendo discutido há dois meses e deve ser concretizado nesta semana.
A informação foi publicada ontem pelo "The Wall Street Journal" e pelo "USA Today". Os porta-vozes das duas empresas se recusaram a comentar o acordo.
Se realmente for concretizada, a união da Bell Atlantic com a GTE formaria uma empresa com 62 milhões de linhas de telefones locais, ou seja, com um terço das linhas de telefones locais de 40 dos 50 Estados que formam o país. A Bell Atlantic e a GTE juntas também teriam US$ 53,5 bilhões de vendas anuais e um valor de mercado de US$ 126 bilhões.
Segundo o "USA Today", o acordo só não foi anunciado ainda porque estão pendentes o valor a ser pago em ações e como a nova empresa seria administrada, ou seja, quem seria o seu presidente.
Um acordo como este, no entanto, deve ter problemas para sua aprovação pela Federal Communication Commission (FCC).
A Bell Atlantic estaria se unindo à GTE exatamente para poder operar em longa distância nos 13 Estados em que já opera a telefonia local, de Maine a Virginia.
De acordo com o Telecommunication Act de 1996, uma empresa de telefonia local só pode passar a operar longa distância na região em que atua se a concorrência já estiver aberta o suficiente, o que não acontece neste caso.
A Bell Atlantic detém o monopólio da telefonia local da região de Nova York e New England e não poderia operar longa distância na mesma área.
A expectativa, no entanto, é de que a FCC aceite a fusão das duas empresas, mas proíba a GTE de operar longa distância na região de Nova York, onde domina o monopólio da Bell Atlantic.

Fusão
Anteontem a norte-americana AT&T e a inglesa British Telecom anunciaram a decisão de unir suas operações internacionais.
Elas permanecerão como empresas independentes, mas fora de seus países de origem passarão a atuar como uma única companhia.
A expectativa é que a nova empresa, de nome ainda indefinido, lucre US$ 1 bilhão no primeiro ano.
A união inclui ativos e operações internacionais das duas companhias. A nova empresa será autônoma e terá presidente e equipe de administração próprios.
A sede será nos EUA e a nova companhia deverá empregar cerca de 5.000 pessoas no mundo.



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