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ENCONTRO
Tesouro se encontra com membros do Fundo que monitoram acordo
Governo se reúne com FMI nos EUA
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, encontrou-se
ontem com a equipe do FMI
(Fundo Monetário Internacional)
que monitora o acordo com o
Brasil e que fará as novas negociações caso o país feche um novo
entendimento no final do ano.
Questionado sobre o conteúdo
do encontro, Levy desconversou:
"Seria falta de gentileza estar na
cidade [Washington] e não ir até
lá. Atualizamos nossas conversas.
Mas, como já disse o presidente
Lula, seria prematuro agora iniciar esse tipo de conversação [sobre um eventual novo acordo]."
Segundo Levy, as conversas giraram em torno das perspectivas
da economia brasileira. "Dividimos nossa visão de que este é um
momento importante. Os grandes desafios do início do ano foram superados e agora não estamos discutindo mais inflação,
mas o futuro e o que é necessário
para assegurar um bom ambiente
para investimentos", disse.
Levy esteve em Washington para participar da primeira reunião
do chamado Grupo para o Crescimento, estabelecido depois do encontro, em junho, entre os presidentes Lula e George W. Bush na
Casa Branca (sede do governo
norte-americano).
As principais discussões estiveram centradas em iniciativas para
aumentar a confiança de investidores internacionais e a competitividade de empresas no Brasil.
Participaram também da reunião, na sede do Tesouro dos
EUA, o secretário de Política Econômica, Marcos Lisboa, o representante do Brasil no FMI, Murilo
Portugal, e o embaixador brasileiro em Washington, Rubens Barbosa. Segundo os americanos, um
novo acordo com o Fundo não esteve em pauta. "O objetivo inicial
foi estabelecer um terreno comum, técnico e de orientações de
políticas para futuras iniciativas",
disse o subsecretário do Tesouro
dos EUA, John Taylor.
A reunião, dizem os dois lados,
não produziu nada de prático.
Um próximo encontro do grupo
foi marcado para o primeiro trimestre de 2004, no Brasil.
Há pouco mais de um mês, o secretário norte-americano do Tesouro, John Snow, disse que os
bancos no Brasil não têm políticas
consistentes para financiar investimentos. Levy afirmou que o nível de financiamento deve aumentar depois da eventual aprovação da Lei de Falências no país
-o governo recentemente tirou
o projeto da pauta de votações do
Congresso Nacional.
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