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São Paulo, domingo, 28 de setembro de 2003

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BM&F fincará pé em Xangai

DA REDAÇÃO

A chegada dos chineses para fazer negócios no Brasil atraiu a atenção também da Bolsa de Mercadorias & Futuros, que vai abrir um escritório em Xangai e deve fazer um acordo com a Shangai Futures Exchanges. "Xangai é a futura Nova York", diz Edemir Pinto, diretor geral da BM&F.
A Bolsa quer fincar um pé na China para atrair os "traders" chineses para participar do mercado futuro brasileiro. A presença maior de chineses no mercado brasileiro atrai também os corretores de lá, que não olham apenas para as mercadorias, mas também para a necessidade de proteção dos preços (hedge).
O avanço da produção de grãos no Brasil vai permitir ainda aos corretores a oportunidade de fazer arbitragens (atuar em dois mercados para ganhar com o diferencial de preços entre eles).
Pinto diz que, com a internacionalização dos negócios da BM&F e o desenvolvimento do programa de avanço da produção de grãos para o Centro-Oeste, que pode dobrar a safra brasileira, a Bolsa tem de botar um pé na China para ampliar seus negócios.
O escritório em Xangai, que terá a participação também dos governos estaduais das principais regiões produtoras de grãos, servirá para a promoção e a divulgação dos produtos brasileiros. "É uma possibilidade, ainda, de todos os nossos corretores estarem lá para vender seus serviços", acrescenta.

Mais suco
Outro setor que deverá expandir os negócios é o de sucos. Ademerval Garcia, da Abecitrus, diz que, após a entrada da China na Organização Mundial do Comércio, os negócios estão crescendo rapidamente. Neste ano, o país deverá exportar 50 mil toneladas de suco concentrado, 285% a mais do que vendia há dois anos.
Os chineses estão preocupados cada vez mais com a qualidade dos produtos, o que não é problema para o Brasil. Mas os brasileiros vão ter de competir com os estrangeiros que já estão lá. (MZ)

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