DA REDAÇÃO

Dois Estados se destacam na produção de trigo no Brasil: o líder Paraná, que deverá colher 3,2 milhões de toneladas neste ano, e o Rio Grande do Sul, com 2,2 milhões de toneladas. E os gaúchos estão em desvantagem nesse cenário de comercialização desfavorável devido ao excesso de oferta e à valorização do real.
A safra paranaense chega primeiro ao mercado. Pelo menos 70% da área destinada ao trigo já foi colhida. Os gaúchos ainda vão iniciar a colheita.
Outra desvantagem dos gaúchos é a distância. O Nordeste é importador de trigo, mas a distância entre o Rio Grande do Sul e esse mercado acaba inviabilizando a colocação do produto gaúcho na região.
Os dados de Jairo Facchio, especialista no setor, ilustram esse cenário. O custo de colocação de uma tonelada de trigo gaúcho no Irã é de US$ 30. Se o produto for para o Nordeste, o custo sobe para US$ 43 a tonelada devido ao "custo Brasil".
Jacobsen destaca outro empecilho. Os argentinos, tradicionais produtores, competem não só em preços, mas também em possíveis mercados que o produto gaúcho poderia atingir. (MZ)


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