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São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Fluxo da moeda americana segue positivo tanto no âmbito comercial como nas captações externas

Entrada de recursos mantém dólar estável

DA REPORTAGEM LOCAL

A apatia marcou os negócios no mercado financeiro local. A Bolsa de Valores de São Paulo fechou com pequeno recuo. O dólar encerrou praticamente estável, vendido a R$ 2,870.
Alguns fatores explicam a estabilidade do dólar. O fluxo segue positivo tanto no âmbito comercial (com as exportações superando com folga as importações) como no financeiro (resultado das captações de recursos no mercado internacional).
Ontem foi a vez de o Banco Rural fechar uma operação de captação por meio de eurobônus, no valor de US$ 50 milhões. A próxima empresa que deve captar lá fora é a CSN. O mercado estima que a operação envolva cerca de US$ 400 milhões.
O vencimento de contratos de câmbio na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) na virada do mês também colabora para o dólar se manter abaixo de R$ 2,90. Analistas afirmam que os grandes bancos apostaram na queda da moeda neste mês -por isso, não há interesse em que o dólar suba nos próximos dias.
Nem mesmo a decisão do BC, na semana passada, de rolar apenas uma parcela ínfima de seu próximo vencimento de dívida cambial, não foi suficiente para pressionar o dólar.
A Bovespa caiu 0,36%. Os negócios movimentaram R$ 733,3 milhões, volume inferior à média dos últimos pregões, algo em torno de R$ 1 bilhão. Destaque apenas para as ações preferenciais da Net, que dispararam 19,4% e tiveram o terceiro maior volume negociado no pregão. As ações da Net já haviam registrado a maior valorização da semana passada, quando acumularam ganho de 20%. A forte oscilação de preços em pouco tempo, muitas vezes resultante de especulações em torno da dívida da empresa, já é marca desses papéis.
A Bolsa paulista fechou aos 17.750 pontos, o que representa um nível 3,8% inferior ao pico do Ibovespa alcançado no ano (18.448 pontos).
Na liderança das perdas ontem ficaram as ações da Embratel Participações. O papel preferencial da empresa de telecomunicação despencou 6,1%. Seu papel com direito a voto perdeu 4,9%. No setor, perdas expressivas ficaram ainda com as ações ON da Brasil Telecom Participações (queda de 3,6%) e com o papel ON da Tele Celular Sul (baixa de 3%).
(FABRICIO VIEIRA)


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