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MERCADO FINANCEIRO
Fluxo da moeda americana segue positivo tanto no âmbito comercial como nas captações externas
Entrada de recursos mantém dólar estável
DA REPORTAGEM LOCAL
A apatia marcou os negócios no
mercado financeiro local. A Bolsa
de Valores de São Paulo fechou
com pequeno recuo. O dólar encerrou praticamente estável, vendido a R$ 2,870.
Alguns fatores explicam a estabilidade do dólar. O fluxo segue
positivo tanto no âmbito comercial (com as exportações superando com folga as importações) como no financeiro (resultado das
captações de recursos no mercado internacional).
Ontem foi a vez de o Banco Rural fechar uma operação de captação por meio de eurobônus, no
valor de US$ 50 milhões. A próxima empresa que deve captar lá fora é a CSN. O mercado estima que
a operação envolva cerca de US$
400 milhões.
O vencimento de contratos de
câmbio na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) na virada do
mês também colabora para o dólar se manter abaixo de R$ 2,90.
Analistas afirmam que os grandes
bancos apostaram na queda da
moeda neste mês -por isso, não
há interesse em que o dólar suba
nos próximos dias.
Nem mesmo a decisão do BC,
na semana passada, de rolar apenas uma parcela ínfima de seu
próximo vencimento de dívida
cambial, não foi suficiente para
pressionar o dólar.
A Bovespa caiu 0,36%. Os negócios movimentaram R$ 733,3 milhões, volume inferior à média
dos últimos pregões, algo em torno de R$ 1 bilhão. Destaque apenas para as ações preferenciais da
Net, que dispararam 19,4% e tiveram o terceiro maior volume negociado no pregão. As ações da
Net já haviam registrado a maior
valorização da semana passada,
quando acumularam ganho de
20%. A forte oscilação de preços
em pouco tempo, muitas vezes resultante de especulações em torno da dívida da empresa, já é marca desses papéis.
A Bolsa paulista fechou aos
17.750 pontos, o que representa
um nível 3,8% inferior ao pico do
Ibovespa alcançado no ano
(18.448 pontos).
Na liderança das perdas ontem
ficaram as ações da Embratel Participações. O papel preferencial
da empresa de telecomunicação
despencou 6,1%. Seu papel com
direito a voto perdeu 4,9%. No setor, perdas expressivas ficaram
ainda com as ações ON da Brasil
Telecom Participações (queda de
3,6%) e com o papel ON da Tele
Celular Sul (baixa de 3%).
(FABRICIO VIEIRA)
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