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Crise faz indústria consumir menos energia, diz EPE
Setembro registra retração de 1,1% na demanda
DA SUCURSAL DO RIO
Termômetro do nível de atividade da economia, o consumo de energia no segmento industrial sentiu os efeitos da crise financeira global: em setembro, houve uma retração de
1,1% na comparação com agosto, segundo a estatal EPE (Empresa de Pesquisa Energética).
Foi o primeiro resultado mensal negativo em 2008.
Em relação a setembro de
2007, o consumo das indústrias
se manteve em alta: 4,2%. Na
média de todos os setores, a expansão foi de 4,8% na mesma
base de comparação. No acumulado do ano, houve crescimento de 4,3%.
"Os reflexos da crise financeira ainda não se fizeram sentir em todo o mercado brasileiro de energia elétrica, embora
já possam ser percebidos alguns sinais no setor industrial",
diz a EPE, em relatório.
Para a EPE, os dados mostram "os primeiros sinais de arrefecimento do ritmo de produção industrial". Prova disso,
diz a estatal, é a desaceleração
do consumo fabril no acumulado deste ano -de pico de 5,6%
de janeiro a abril para 4,6% de
janeiro a setembro.
Segundo a EPE, foi registrada uma efetiva redução do consumo de energia em setembro.
O desempenho mais fraco da
indústria já fez a EPE revisar
suas projeções para o consumo
neste ano. Inicialmente, a previsão era fechar 2008 com uma
expansão de 4,8%. O percentual foi reduzido para 3,8%.
Já o consumo residencial se
manteve firme. Cresceu 4,9%
em setembro na comparação
com o mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, a
expansão ficou em 5,3%.
O maior acesso à energia elétrica no Brasil impulsionou a
demanda residencial, segundo
a EPE. É que o número de novas ligações à rede elétrica cresce em ritmo superior à média
histórica. Nos últimos 12 meses, o sistema contabilizou
mais 1,930 milhão de consumidores residenciais.
Já no segmento comercial, o
consumo subiu 6,8% em setembro. No acumulado do ano,
o incremento ficou em 5,2%.
(PEDRO SOARES)
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