São Paulo, quarta-feira, 28 de outubro de 2009

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Prazo para mudar 4 relatórios é de duas semanas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Governo, Estados produtores e não produtores de petróleo têm duas semanas para mudar os quatro relatórios do pré-sal nas comissões especiais antes da votação no plenário da Câmara, prevista para começar em 11 de novembro. Depois de aprovados, os projetos seguem para o Senado, onde será possível fazer mais mudanças.
As maiores divergências estão na partilha dos royalties, escolhido para ser o primeiro dos quatro projetos a ser apreciado por todos os deputados. Para incluir na lista de beneficiados os não produtores, caiu de 40% para 30% os repasses da União, hoje divididos entre Ministério da Ciência e Tecnologia e o Comando da Marinha.
A Marinha informa que a diminuição de recursos pode comprometer as atividades de patrulha e proteção das plataformas e das bacias petrolíferas da costa brasileira.
"Qualquer redução impactará o escasso orçamento que já vem sendo executado", afirmou a Marinha, que viu cair de 15% para 12% os repasses.
Os representantes dos Estados produtores prometem reagir à redução de 22,5% para 18% na participação dos royalties e anunciam que vão lutar para aumentar também o valor da alíquota máxima.
Dizem que o empenho do relator em mantê-los como principais beneficiados não compensa o montante perdido com o fim da participação especial. Os municípios produtores e aqueles afetados pela produção, por sua vez, não querem dividir a parte que lhes cabe com os não produtores.
A divergência entre os três principais atores do debate, porém, deve seguir para o Senado, o próximo a analisar as propostas do governo, que ganharão carimbo de urgência em novembro. Assim, qualquer emenda apresentada em plenário não precisa ser analisada pela comissão especial, garantido agilidade na votação na Câmara.
Se os senadores alterarem o texto, será preciso uma nova apreciação da Câmara antes das propostas serem enviadas à sanção do presidente Lula para entrar em vigor.
No Executivo, há resistência às mudanças propostas pelos relatores na Câmara, em especial na projeto da partilha dos royalties do pré-sal e o uso do FGTS na capitalização da Petrobras.
(FERNANDA ODILLA)


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