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Índia começa a desmontar medidas contra a crise
BC local manda instituições aumentarem suas reservas
DA REDAÇÃO
O BC da Índia manteve intactos os juros do país, mas tomou
as primeiras ações para desmontar as medidas que visavam aumentar a liquidez para
conter os impactos da crise.
Pela decisão anunciada ontem, os bancos da terceira
maior economia da Ásia vão ter
que aumentar as suas reservas
(inclusive por meio da compra
de títulos do governo), visando,
além da retirada de liquidez, diminuir a ameaça de inflação.
Com essa decisão, a Índia se
une a uma lista de países (concentrada especialmente nos
emergentes) que começam a
desmontar as ações tomadas
recentemente para evitar a pior
crise global em mais de 80 anos.
A Austrália, no início deste
mês, foi a primeira das 20
maiores economias globais a
aumentar os juros -a expectativa é que a decisão seja logo seguida pela Coreia do Sul. No
Brasil, o governo começou a taxar a entrada de capital estrangeiro na Bolsa de Valores, com
a cobrança de 2% de IOF.
Em comum, esses países têm
o fato de terem conseguido evitar a recessão (dois trimestres
consecutivos de retração econômica), casos da Austrália e da
Coreia do Sul, ou passar por ela
por um curto período, como
ocorreu com o Brasil.
Esse também foi o caso da Índia. No último trimestre de
2008, o PIB teve a menor expansão em seis anos, 5,8%, mas
já se acelerou para 6,1% de abril
a junho -dado mais recente
disponível. A produção industrial cresceu 10,4% em agosto, o
maior avanço em 22 meses.
Com os indícios de recuperação da economia, o BC afirmou
que "muitas das medidas não
convencionais podem ser revertidas imediatamente".
Esse enxugamento se deve
em parte à preocupação com a
inflação. O banco central indiano prevê agora que a inflação
no ano fiscal que se encerra em
março de 2010 fique em 6,5%,
ante estimativa anterior de aumento de preços de 5%.
Com "Financial Times" e Bloomberg
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