|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Faturamento deve
cair 24% neste ano
da Reportagem Local
O setor de obras públicas deve
fechar 99 com uma queda no faturamento de 24% em relação ao
ano passado, de acordo com pesquisa realizada pela COP (Comissão de Obras Públicas) da Câmara
Brasileira da Indústria da Construção. Em 98, as construtoras faturaram R$ 32,4 bilhões.
O levantamento, realizado com
300 empresas de 15 Estados, mostra que 63% das pesquisadas prevêem uma redução média de 41%
do quadro de empregados.
Na opinião de Paulo Godoy, da
Apeop, o setor ainda depende
muito dos investimentos públicos, apesar da redução verificada
na pesquisa.
Neste ano, do total que será faturado pelas empresas do setor,
60% corresponderão a projetos
públicos, o que significa uma queda de 20 pontos percentuais em
relação a 98. Os empresários reclamam ainda de que a crise financeira do poder público acentuou os atrasos de pagamento,
agravando a situação financeira
de muitas empresas.
Concessões
Além disso, a participação das
empresas do setor no mercado de
concessões de serviços públicos
ainda é muito limitada. Apenas
uma pequena parte entre as pesquisadas integra consórcios detentores de concessões.
"Algumas empresas saíram na
frente, principalmente nas concessões rodoviárias, e se fortaleceram. Mas a maioria passa por dificuldades", diz Haroldo Guanabara, da Associação das Empresas
de Engenharia do Rio de Janeiro.
Concessões
Um exemplo de uma construtora que "saiu na frente" é a Planova, que integra consórcios que ganharam concessões de operação
de trechos das rodovias Castelo
Branco e Raposo Tavares.
Seu sócio-diretor, Arlindo Machado Moura, conta que a mudança de foco do trabalho da empresa começou em 94, quando já
se verificava uma forte queda na
capacidade de investimento do
poder público.
Depois de arriscar na área de
fast food, trazendo para o Brasil a
rede norte-americana TGI Friday's, a Planova decidiu investir
nas concessões rodoviárias.
"Tivemos que nos adaptar. Não
podíamos esperar as coisas acontecerem. E queremos mais concessões de estradas", diz Moura.
Mesmo assim, a empresa vai fechar 99 com uma redução de mais
de 17% em seu efetivo voltado para o setor público.
Texto Anterior: Construção civil: Nível de emprego em obra pública desaba Próximo Texto: Nem ano de eleições traz ânimo ao setor Índice
|