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Bradesco cresceu sob a batuta
do "bancário" Amador Aguiar
da Reportagem Local
O Bradesco tem patrimônio de
R$ 6,8 bilhões, o maior entre os
bancos privados brasileiros, mas
começou de forma modesta. Em
1943, um grupo de amigos se uniu
para comprar a Casa Bancária Almeida, um banco quase falido de
Marília, no interior de São Paulo.
Um dos sócios escolhidos para
dirigir o negócio morreu dias antes da abertura do banco. Para
substituí-lo foi convidado Amador Aguiar, o grande responsável
pela transformação do Bradesco
numa das maiores instituições financeiras privadas da América
Latina.
Aguiar inovou apostando na
prestação de serviços. O Bradesco
foi o primeiro banco onde a clientela podia pagar suas contas. Com
um crescimento explosivo, o Bradesco se tornou o maior banco
privado brasileiro menos de dez
anos depois de sua criação.
Amador Aguiar morreu em
1991, aos 86 anos. Até pouco tempo antes de sua morte, ele esteve à
frente da administração do banco. Aguiar tinha apenas o diploma do curso primário, mas organizou toda a estrutura do Bradesco.
Seu estilo pessoal marcou a
imagem do banco. Na época de
sua morte, calculava-se que seu
patrimônio pessoal era de mais de
US$ 800 milhões. Mesmo com
tanto dinheiro, Aguiar dirigia seu
próprio carro, um Fusca.
O banqueiro costumava dizer
que os ricos que ostentam sua
prosperidade ofendem os pobres.
Um das bases da estratégia de
Aguiar foi apostar, justamente, na
prestação de serviços para as famílias de baixa renda.
Filho de lavrador, Aguiar era
protestante calvinista, fervoroso
defensor da disciplina. Não gostava de ser chamado de banqueiro.
"Serei sempre um bancário, discreto e cauteloso", costumava dizer. Seu primeiro emprego em
banco foi como contínuo.
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