DA REDAÇÃO

O presidente do principal instituto de pesquisa da Alemanha afirmou ontem que o país já está em recessão. Ainda segundo Hans-Werner Sinn, presidente do Ifo, a deterioração da atividade na economia do país deverá se aprofundar no último trimestre do ano.
"A Alemanha está em recessão, não há dúvida sobre isso", disse Sinn à agência Reuters.
Entre julho e setembro, o PIB (Produto Interno Bruto) encolheu 0,1%. No trimestre anterior, ele tinha permanecido estagnado.
Além de prever uma nova queda no último trimestre do ano, Sinn afirmou que não espera uma grande recuperação da economia na primeira metade do ano que vem. Segundo maior exportador do planeta, a Alemanha sofreu um duro golpe com a redução no comércio global no último ano.
Ainda ontem, Wolfgang Wiegard, um dos cinco conselheiros econômicos independentes do governo alemã, afirmou que a queda no PIB no quarto trimestre ficará entre 0,1% e 0,2%.
Segundo Wiegard, é improvável que o Banco Central Europeu execute uma nova redução de juros neste ano, depois de ter cortado meio ponto percentual da taxa no último dia 8. O juro dos países que adotam o euro é de 3,25% ao ano.
Um relatório feito pelos seis principais institutos de pesquisa da Alemanha, que inclui o Ifo, prevê um crescimento de 0,7% para este ano. Na previsão deles, em 2002 a expansão será de 1,3%.
Já os cinco conselheiros dos governo têm uma visão um pouco mais negativa do que acontecerá com a economia do país no próximo ano. Segundo eles, o PIB alemão crescerá 0,6% neste ano e 0,7% em 2002.
Se se confirmar a previsão de que a economia japonesa vá encolher no último trimestre do ano, as três principais economia do planeta estarão vivendo uma recessão ao mesmo tempo. Os Estados Unidos viram seu PIB encolher 0,4% entre julho e setembro, e a expectativa generalizada é que haja um novo tombo no quarto trimestre.