São Paulo, sábado, 28 de novembro de 2009

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Altos funcionários do Estado de SP pressionam por aumento

Servidores graduados do Estado de São Paulo estão pressionando o governo por um aumento de salário.
Engenheiros, procuradores autárquicos, fiscais de renda, professores universitários, delegados da polícia civil e oficiais da polícia militar, que recebem as remunerações mais elevadas do Estado, têm feito abaixo-assinados e visitado constantemente a Assembleia Legislativa paulista para pedir a aprovação, antes do final do ano, de uma emenda que desvincule seu teto salarial dos rendimentos do governador.
O teto do funcionalismo do Estado atualmente é proporcional ao salário de José Serra, de aproximadamente R$ 15 mil. A proposta é a de que esse limite passe a ser ligado ao salário de carreira do Judiciário, hoje em mais de R$ 20 mil. No Tocantins, por exemplo, os funcionários têm o teto vinculado ao salário de ministro do STF, de mais de R$ 24 mil.
A questão não afeta a grande maioria dos servidores paulistas, cujos rendimentos não podem alcançar o teto. Só cerca de 7.000 do 1,07 milhão de servidores -contando inativos- seriam beneficiados pela medida, com base em dados de 2008.
"Com o teto atual, o Estado pode perder seus altos funcionários, que começam a buscar melhores salários na iniciativa privada. Os valores estão congelados há anos e não acompanham a inflação. O governo não muda pois não quer sofrer desgaste com a medida de aumentar pagamento de funcionário público", diz Lauro Kuester Marin, presidente do Sinafresp (sindicato de fiscais de renda).
A Secretaria de Gestão do Estado de São Paulo calcula que uma eventual mudança no teto acarretaria aumento de despesas de mais de R$ 540 milhões aos cofres públicos, com base em levantamento de 2008.

Um pé no pneu, outro no café

Fome. Esse foi o principal problema apontado por clientes da rede DPaschoal, em pesquisa feita pela FGV. Mais de 50% do público feminino pula o café da manhã para trocar pneus logo cedo.
Os pães de queijo que passaram a ser oferecidos têm cerca de 100% de aceitação, segundo Luís Norberto Pascoal, presidente da rede de serviços automotivos. Junto com os pãezinhos, as lojas da rede têm oferecido a linha de pneus Regatta 3, dentro de uma estratégia de vendas de produtos de marca própria.
A empresa tem 190 lojas próprias. Neste ano, a companhia projeta crescimento real de 5,5% ante 2008. As áreas que se saíram melhor foram as de pneus e recapagem de pneus de caminhões, que cresceu mais de 11%. Já o café DaTerra produzido por outra empresa do grupo teve alta de 15%, em preço e em faturamento.
As exportações do café, que tem selo de sustentabilidade, subiram 91%. "Temos selo internacional de certificação, da Rain Forest Alliance; vendemos para Japão, Canadá, EUA e Europa, mas só se encontra o DaTerra em apenas dois pontos de venda em SP", lamenta.

MARKETING NAS ALTURAS

Diante da acirrada concorrência no mundo dos telefones inteligentes, a LG lança mão de uma estratégia inusitada a fim de fazer propaganda do seu novo aparelho. Desde o começo da semana, está embarcando duas promotoras em voos da Gol entre São Paulo e Brasília para falar das funções do equipamento, que pode ser manuseado -em modo off-line- pelos interessados. "A ideia é atingir executivos, que são o público-alvo do produto", explica Anna Sano, executiva de marketing da companhia. Ela garante que a ação foi planejada com o objetivo de não incomodar o consumidor, já bastante bombardeado por publicidade. "Na viagem, as pessoas às vezes ficam sem ter o que fazer, estão abertas a receber informações."

DEPOIS DA CRISE 1
Cerca de 38% das empresas estimam que o final da crise econômica ocorrerá no primeiro semestre de 2010, segundo estudo da Crédito y Caución elaborado com mais de 3.500 entrevistas em 20 mercados da Europa, América do Norte, Ásia e Austrália. O número sobe para 60% quando se estende o período até final do próximo ano.

DEPOIS DA CRISE 2
No curto prazo, as empresas demostram grande preocupação com a evolução das insolvências. Mais de 50% das companhias aumentaram a frequência de análise da solvência dos seus clientes, segundo a Crédito y Caución. Na maioria dos países, as empresas consideram que as medidas do setor público para estimular a economia tiveram impacto limitado. Em 17 dos 20 mercados analisados, mais de 40% dizem não ter sentido efeito das ações.

TIJOLO COM TIJOLO
O PIB da construção civil registrou crescimento de 8% em 2008. O setor tem contribuído com o avanço do PIB, atingindo 11,9% do total nacional, segundo estudo do Departamento de Construção da Fiesp com a LCA Consultores. Os dados serão apresentados no dia 30 a representantes do governo federal, na sede da Fiesp, durante o Construbusiness (Congresso Brasileiro da Construção).


com JOANA CUNHA e DENYSE GODOY


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