São Paulo, sábado, 28 de novembro de 2009

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É um sinal para evitar euforia, diz Meirelles

DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE


O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, minimizaram o efeito da moratória de Dubai para a economia mundial e para o Brasil em particular.
Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander também afirmaram que não estão expostos ao consórcio inadimplente em Dubai, que deve impor perdas importantes a bancos europeus, asiáticos e americanos.
Para o presidente do BC, o Brasil tem todo o "arsenal de medidas" pronto para combater eventuais crises e está bem preparado para enfrentar oscilações potenciais no nível de aversão ao risco do mercado internacional.
Mesmo assim, Meirelles alertou para o excesso de otimismo visto nos mercados nas últimas semanas. "É um sinal para evitar o excesso de euforia. O problema dessa euforia é quando se acha que não há problema nenhum. E daí, no primeiro problema, acontece exatamente o efeito contrário", disse.
Meirelles afirmou que a crise mostrou que a integração de informações é vital para as economias. "Os bancos brasileiros não estão expostos a esse fundo nem a esse tipo de problema pela própria regulação brasileira", disse.
Em jantar anteontem com banqueiros, Mantega disse acreditar que a crise em Dubai não terá impacto importante nos mercados e que quase não será sentida no país. "Acho que não vai pegar. Isso [o medo de calote] mexeu um pouco com os mercados, mas acho que aqui não vai ter maiores consequências", disse o ministro.
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, disse à Reuters não acreditar em reflexos da moratória de Dubai sobre o Brasil. "Foi até melhor que essas notícias vieram num dia de feriado nos Estados Unidos. Assim dá tempo de os investidores pensarem melhor", disse.


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