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É um sinal para evitar euforia, diz Meirelles
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA ONLINE
O presidente do Banco
Central, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, minimizaram o efeito da moratória de Dubai para a economia mundial e para o
Brasil em particular.
Banco do Brasil, Itaú
Unibanco, Bradesco e Santander também afirmaram que não estão expostos ao consórcio inadimplente em Dubai, que deve
impor perdas importantes
a bancos europeus, asiáticos e americanos.
Para o presidente do BC,
o Brasil tem todo o "arsenal de medidas" pronto
para combater eventuais
crises e está bem preparado para enfrentar oscilações potenciais no nível de
aversão ao risco do mercado internacional.
Mesmo assim, Meirelles
alertou para o excesso de
otimismo visto nos mercados nas últimas semanas.
"É um sinal para evitar o
excesso de euforia. O problema dessa euforia é
quando se acha que não há
problema nenhum. E daí,
no primeiro problema,
acontece exatamente o
efeito contrário", disse.
Meirelles afirmou que a
crise mostrou que a integração de informações é
vital para as economias.
"Os bancos brasileiros não
estão expostos a esse fundo nem a esse tipo de problema pela própria regulação brasileira", disse.
Em jantar anteontem
com banqueiros, Mantega
disse acreditar que a crise
em Dubai não terá impacto importante nos mercados e que quase não será
sentida no país. "Acho que
não vai pegar. Isso [o medo
de calote] mexeu um pouco com os mercados, mas
acho que aqui não vai ter
maiores consequências",
disse o ministro.
O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco
Cappi, disse à Reuters não
acreditar em reflexos da
moratória de Dubai sobre
o Brasil. "Foi até melhor
que essas notícias vieram
num dia de feriado nos Estados Unidos. Assim dá
tempo de os investidores
pensarem melhor", disse.
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