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CRISE
Rússia aprova cortes no orçamento
das agências internacionais
O governo da Rússia decidiu fazer cortes no orçamento para o
próximo ano.
Segundo o primeiro-ministro
russo, Euguêni Primakov, as alterações orçamentárias são essenciais para que o país possa renegociar sua dívida externa e recuperar
o auxílio dos países ocidentais.
Em um claro gesto de apoio político ao governo Primakov, a Câmara dos Deputados aprovou um
austero plano orçamentário para o
próximo ano na primeira leitura
do plano, das quatro que estavam
previstas durante a sessão.
Ao mesmo tempo, no Senado,
onde existe oposição aos cortes, foi
criada uma comissão para avaliar
os cortes feitos e propor algumas
mudanças.
"Estamos procurando soluções
aceitáveis para todas as partes",
afirmou o vice-ministro das Finanças, Víctor Jristenko, representante do governo na comissão.
²
Ano difícil
Ao resumir o ano de 98, marcado
por forte crise econômica, financeira e social, Primakov afirmou
que "todo o possível foi feito para
reverter a situação".
O primeiro-ministro garantiu
que, no próximo ano, a Rússia não
voltará a declarar moratória, ou seja, não pretende suspender o pagamento de sua dívida.
Ele também pediu que o FMI
(Fundo Monetário Internacional)
apóie os esforços que estão sendo
feitos pelo país para desbloquear
os créditos que foram suspensos
depois do início da crise.
A dívida total da Rússia, interna e
externa, é de US$ 210 bilhões, o que
equivale a mais de 120% do Produto Interno Bruto (PIB) do país previsto para o próximo ano.
Porém, para cumprir o cronograma de pagamento das dívidas, o
país deveria desembolsar, só em
99, US$ 17,5 bilhões.
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