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JUSTIÇA
HP, Elma Chips e Johnson & Johnson são acusadas
Ministério da Justiça investigará empresas por maquiarem produtos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Justiça decidiu
abrir processo administrativo
contra três empresas acusadas de
maquiar seus produtos. De acordo com o DPDC (Departamento
de Proteção e Defesa do Consumidor do ministério), foram encontrados indícios de irregularidade nas mercadorias comercializadas por HP, Elma Chips e Johnson&Johnson.
Se condenadas, as empresas podem ser multadas em até três milhões de Ufirs (Unidades Fiscais
de Referência), cerca de R$ 3,19
milhões. O prazo para apresentação das defesas é de dez dias.
Em relação à HP, a denúncia
partiu de um consumidor, que
procurou o Ministério da Justiça
para reclamar que a empresa teria
reduzido o volume de tinta de alguns de seus cartuchos para impressoras sem que isso fosse informado ao consumidor.
A Elma Chips é acusada de reduzir, indevidamente, a quantidade oferecida nos pacotes de salgadinhos Cheetos, Fandangos,
Doritos, Pingo D'Ouro e Stiksy. A
denúncia partiu do Ministério
Público de Santa Catarina.
Já a Johnson & Johnson teria diminuído a quantidade de absorventes de cada pacote da marca
Sempre Livre, segundo denúncia
da Adocon (associação das donas
de casa de Santa Catarina).
O diretor do DPDC, Ricardo
Morishita, diz que "a informação
sobre mudanças no peso do produto é importante e deve estar
destacada na sua embalagem".
Casos semelhantes já foram
analisados anteriormente pelo
DPDC, resultando na aplicação
de multa às empresas. A Johnson
& Johnson já foi processada uma
vez por ter reduzido a quantidade
de fraldas nos pacotes vendido
pela empresa. Em 2001, sofreu
uma multa de R$ 1,064 milhão.
O DPDC afirma que a prática
adotada pelas empresas é irregular, pois permite que continue
sendo cobrado o mesmo preço
por um produto que teve suas características alteradas sem que o
consumidor fosse informado.
A HP, por meio de sua assessoria, informou que ainda não havia
sido notificada da decisão e que se
pronunciaria apenas quando recebesse notificação do ministério.
A Pepsico, controladora do Elma Chips, por meio de sua assessoria, informou que também não
havia tomado conhecimento da
autuação e que esperará a citação
do ministério para comentar o caso. A reportagem não conseguiu
entrar em contato com a Johnson&Johnson.
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