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EUA definem juros, e Copom explica corte de 0,25 ponto
Semana terá reunião do Fed, ata do BC e índices de inflação
DA REPORTAGEM LOCAL
Passada a primeira decisão
do Copom de 2007, os investidores voltam a focar suas atenções no cenário externo, principalmente o norte-americano.
Na quarta-feira, o Fed (o banco central americano) realiza
sua reunião periódica para definir como ficam os juros básicos dos Estados Unidos, que estão hoje em 5,25% anuais.
A expectativa dos agentes de
mercado é que a taxa de juros
norte-americana se mantenha
inalterada.
A taxa básica do país foi elevada para 5,25% em junho do
ano passado e tem sido mantida desde então.
Até o fim do ano passado, o
mercado esperava que os juros
norte-americanos fossem reduzidos ainda no primeiro trimestre deste ano.
Mas os últimos dados de inflação divulgados no país, que
têm ficado acima do esperado,
fizeram com que os investidores passassem a achar difícil a
taxa americana cair antes do
encontro do Fomc (o comitê do
Fed que define os juros) de
maio.
Luiz Antonio Vaz das Neves,
diretor da corretora Planner,
afirma que "dificilmente o Fed
baixará os juros neste primeiro
semestre".
Para os emergentes, quanto
menor estiverem os juros norte-americanos, melhor. Pois
nesses cenários os grandes investidores internacionais ficam mais dispostos a correr riscos: migram dos títulos do Tesouro dos EUA -os mais seguros do mundo, mas que passam
a render menos- para ações e
títulos da dívida de emergentes, que carregam riscos maiores, mas passam a dar retornos
mais atrativos.
Além do encontro do Fed, serão divulgados nos EUA alguns
dados econômicos importantes
para o mercado. Na sexta-feira,
haverá a apresentação do índice de confiança do consumidor
e a taxa de desemprego norte-americano de janeiro.
Na quinta-feira, dados sobre
renda e gastos pessoais dos
norte-americanos e de inflação
PCE (uma importante medida
de custo de vida do consumidor
nos Estados Unidos).
No Brasil, será divulgado
amanhã o primeiro índice fechado de inflação do mês, o
IGP-M. A expectativa do mercado é a de que a taxa fique em
0,59% em janeiro.
Explicações
O Copom (Comitê de Política
Monetária do BC) decidiu na
semana passada reduzir a taxa
básica da economia brasileira
em apenas 0,25 ponto percentual, ratificando as apostas da
parcela mais conservadora do
mercado.
Outra parte dos investidores
e analistas considerava a possibilidade de a taxa Selic ser cortada em 0,50 ponto percentual.
A taxa básica brasileira, a Selic,
foi reduzida de 13,25% para
13% ao ano.
Na quinta-feira, o Banco
Central apresentará a ata da
reunião -documento no qual
os representantes do Copom
explicam os motivos que os levaram a cortar a taxa na magnitude definida.
A decisão não foi unânime,
com três dos oito membros do
Copom votando a favor de uma
redução de 0,5 ponto percentual. Assim, o interesse em torno do conteúdo da ata do Copom cresce.
A projeção média dos bancos,
mostrada na última pesquisa
semanal feita pelo Banco Central, é que a Selic estará em
11,50% no fim deste ano. Em
dezembro passado, o mercado
esperava que a Selic terminasse
este ano em 11,75%.
Com a taxa Selic a 13% ao
ano, os juros reais brasileiros
-calculados descontando a inflação projetada para os próximos 12 meses- foram a 8,6%
anuais. A taxa real brasileira é a
maior do mundo.
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