São Paulo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

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Medida brasileira causa desconforto no Mercosul

THIAGO GUIMARÃES
DE BUENOS AIRES

O aumento da burocracia para a liberação de importações -suspenso ontem pelo governo após repercussão negativa- também pegou mal entre sócios do Mercosul.
O governo da Argentina soube da medida na segunda, por meio do próprio ministro interino do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, que participou em Buenos Aires de reunião sobre o comércio bilateral.
Na terça, contudo, ainda havia dúvidas na Casa Rosada sobre o alcance das restrições. Ontem à noite, a presidente Cristina Kirchner se reuniu com ministros para debater o tema, antes da suspensão.
Para a Argentina, que amargou déficit de US$ 4,3 bilhões em 2008 no comércio com o Brasil, entraves a exportações são péssima notícia. As importações brasileiras de produtos argentinos atingiram US$ 13,3 bilhões no em 2008 -27,4% a mais do que em 2007. E ontem a Argentina divulgou os dados de sua balança comercial de dezembro -queda de 52% no superávit na comparação anual.
A medida também teve forte impacto negativo no Uruguai. Em contato telefônico, o presidente Tabaré Vázquez soube pelo presidente Lula que as restrições haviam sido suspensas.
As exportações uruguaias para o Brasil cresceram 38,9% sobre 2007, atingindo US$ 903 milhões. O país tem déficit de US$ 741 milhões com o Brasil.


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