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Medida brasileira causa desconforto no Mercosul
THIAGO GUIMARÃES
DE BUENOS AIRES
O aumento da burocracia para a liberação de importações
-suspenso ontem pelo governo após repercussão negativa-
também pegou mal entre sócios do Mercosul.
O governo da Argentina soube da medida na segunda, por
meio do próprio ministro interino do Desenvolvimento, Ivan
Ramalho, que participou em
Buenos Aires de reunião sobre
o comércio bilateral.
Na terça, contudo, ainda havia dúvidas na Casa Rosada sobre o alcance das restrições.
Ontem à noite, a presidente
Cristina Kirchner se reuniu
com ministros para debater o
tema, antes da suspensão.
Para a Argentina, que amargou déficit de US$ 4,3 bilhões
em 2008 no comércio com o
Brasil, entraves a exportações
são péssima notícia. As importações brasileiras de produtos
argentinos atingiram US$ 13,3
bilhões no em 2008 -27,4% a
mais do que em 2007. E ontem
a Argentina divulgou os dados
de sua balança comercial de dezembro -queda de 52% no superávit na comparação anual.
A medida também teve forte
impacto negativo no Uruguai.
Em contato telefônico, o presidente Tabaré Vázquez soube
pelo presidente Lula que as restrições haviam sido suspensas.
As exportações uruguaias para o Brasil cresceram 38,9% sobre 2007, atingindo US$ 903
milhões. O país tem déficit de
US$ 741 milhões com o Brasil.
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