São Paulo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

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Circulação de jornais aumenta 5% no país

Folha tem maior expansão entre os principais jornais, de 2,87% em 2008; "O Estado de S. Paulo" registra 1,82%, e "O Globo", 0,38%

Alta geral é puxada pelo desempenho nas categorias de jornais populares, com expansão de 11,8% em 2008, e regionais (10,4%)


DA REPORTAGEM LOCAL

A circulação média diária de jornais no Brasil no ano passado cresceu 5% na comparação com 2007, de 4,14 milhões de exemplares para 4,35 milhões de exemplares, segundo o IVC (Instituto Verificador de Circulação), empresa que audita a circulação de jornais no país.
O crescimento nas vendas de jornais em 2007 e 2006 havia sido de 11,8% e 6,5%, respectivamente. Apesar de a expansão em 2008 ser menor que a dos últimos dois anos, o crescimento do mercado de jornais no Brasil tem sido maior do que a média mundial -a circulação média diária no mundo subiu 2,57% em 2007, segundo a Associação Mundial de Jornais.
Entre os principais jornais do país, a Folha registrou maior crescimento na comparação com todos os seus concorrentes diretos.
A circulação média diária da Folha cresceu 2,87% no ano passado sobre 2007. A circulação de "O Estado de S. Paulo" subiu 1,82%, e a de "O Globo", 0,38%, de acordo com o IVC.
Na categoria de jornais populares, o mineiro "Super Notícia", que custa R$ 0,25, obteve expansão de 27,02% em relação a 2007. O jornal "Agora São Paulo", do Grupo Folha, registrou crescimento de 0,17% no período e continua, em sua categoria, líder em circulação média diária (83.400 exemplares no ano passado) em relação aos principais concorrentes paulistas. O "Diário de S. Paulo" registrou queda de 3,41% na circulação em 2008, que recuou para 70.009 exemplares.
Murilo Bussab, diretor de Circulação da Folha, diz que o crescimento do mercado de jornais "está claramente influenciado pelos jornais populares e pelos regionais". "E isso parece refletir o desenvolvimento econômico do país em 2008", completa.
Segundo ele, na categoria dos jornais populares, a circulação média diária no ano passado subiu 11,8% em relação a 2007 e, na categoria dos regionais, 10,4%. "O crescimento do "Super Notícia" foi "anormal" comparado com todos os outros jornais, pois teve um modelo de preço extremamente baixo e promoções agressivas para abrir o mercado de Belo Horizonte."
A Folha, segundo o IVC, é a primeira colocada do ranking de jornais do país, com 7,17% de participação de mercado e circulação média diária de 311.287 exemplares no ano passado. Em segundo lugar vem o "Super Notícia", com 6,98% de participação e venda média diária de 303.087 exemplares. Em seguida estão o jornal "Extra", do Rio, com 6,62% de participação; "O Globo", com 6,48%, e "O Estado de S. Paulo", com 5,67%, aponta o IVC.
Ricardo Costa, diretor-geral do IVC, diz que a venda de jornais está diretamente ligada ao poder aquisitivo da população e que o Brasil tem potencial para expandir esse mercado.
O consumo diário de jornais no país a cada mil habitantes é de 53 exemplares, segundo a Associação Mundial de Jornais. No México, esse número é de 148 exemplares. Nos Estados Unidos, de 241, e, no Reino Unido, de 335 exemplares. "Esses dados mostram que existe grande espaço para aumentar as vendas de jornais no Brasil. E vejo que os jornais têm feito um grande trabalho para melhorar cada vez mais os seus produtos", afirma Costa.
Para Bussab, o desempenho do setor em dezembro do ano passado já mostra desaceleração em relação à média do ano. "Isso indica que, para 2009, a expectativa deve ser de um mercado mais estável. Não deverá haver retração por efeito da crise, mas, sim, estabilização num patamar já elevado comparado com os últimos anos."


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