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Circulação de jornais aumenta 5% no país
Folha tem maior expansão entre os principais jornais, de 2,87% em 2008; "O Estado de S. Paulo" registra 1,82%, e "O Globo", 0,38%
Alta geral é puxada pelo
desempenho nas categorias
de jornais populares, com expansão de 11,8% em
2008, e regionais (10,4%)
DA REPORTAGEM LOCAL
A circulação média diária de
jornais no Brasil no ano passado cresceu 5% na comparação
com 2007, de 4,14 milhões de
exemplares para 4,35 milhões
de exemplares, segundo o IVC
(Instituto Verificador de Circulação), empresa que audita a
circulação de jornais no país.
O crescimento nas vendas de
jornais em 2007 e 2006 havia
sido de 11,8% e 6,5%, respectivamente. Apesar de a expansão
em 2008 ser menor que a dos
últimos dois anos, o crescimento do mercado de jornais no
Brasil tem sido maior do que a
média mundial -a circulação
média diária no mundo subiu
2,57% em 2007, segundo a Associação Mundial de Jornais.
Entre os principais jornais
do país, a Folha registrou
maior crescimento na comparação com todos os seus concorrentes diretos.
A circulação média diária da
Folha cresceu 2,87% no ano
passado sobre 2007. A circulação de "O Estado de S. Paulo"
subiu 1,82%, e a de "O Globo",
0,38%, de acordo com o IVC.
Na categoria de jornais populares, o mineiro "Super Notícia", que custa R$ 0,25, obteve
expansão de 27,02% em relação a 2007. O jornal "Agora São
Paulo", do Grupo Folha, registrou crescimento de 0,17% no
período e continua, em sua categoria, líder em circulação média diária (83.400 exemplares
no ano passado) em relação aos
principais concorrentes paulistas. O "Diário de S. Paulo" registrou queda de 3,41% na circulação em 2008, que recuou para
70.009 exemplares.
Murilo Bussab, diretor de
Circulação da Folha, diz que o
crescimento do mercado de
jornais "está claramente influenciado pelos jornais populares e pelos regionais". "E isso
parece refletir o desenvolvimento econômico do país em
2008", completa.
Segundo ele, na categoria dos
jornais populares, a circulação
média diária no ano passado
subiu 11,8% em relação a 2007
e, na categoria dos regionais,
10,4%. "O crescimento do "Super Notícia" foi "anormal" comparado com todos os outros
jornais, pois teve um modelo
de preço extremamente baixo e
promoções agressivas para
abrir o mercado de Belo Horizonte."
A Folha, segundo o IVC, é a
primeira colocada do ranking
de jornais do país, com 7,17%
de participação de mercado e
circulação média diária de
311.287 exemplares no ano passado. Em segundo lugar vem o
"Super Notícia", com 6,98% de
participação e venda média
diária de 303.087 exemplares.
Em seguida estão o jornal "Extra", do Rio, com 6,62% de participação; "O Globo", com
6,48%, e "O Estado de S. Paulo", com 5,67%, aponta o IVC.
Ricardo Costa, diretor-geral
do IVC, diz que a venda de jornais está diretamente ligada ao
poder aquisitivo da população
e que o Brasil tem potencial para expandir esse mercado.
O consumo diário de jornais
no país a cada mil habitantes é
de 53 exemplares, segundo a
Associação Mundial de Jornais. No México, esse número é
de 148 exemplares. Nos Estados Unidos, de 241, e, no Reino
Unido, de 335 exemplares. "Esses dados mostram que existe
grande espaço para aumentar
as vendas de jornais no Brasil.
E vejo que os jornais têm feito
um grande trabalho para melhorar cada vez mais os seus
produtos", afirma Costa.
Para Bussab, o desempenho
do setor em dezembro do ano
passado já mostra desaceleração em relação à média do ano.
"Isso indica que, para 2009, a
expectativa deve ser de um
mercado mais estável. Não deverá haver retração por efeito
da crise, mas, sim, estabilização
num patamar já elevado comparado com os últimos anos."
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