|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Piauí atrai investimento de fundos estrangeiros em infraestrutura
Uma onda de investimentos
estrangeiros tem chegado ao
Piauí nos últimos meses. No
início deste ano, o Estado começou a receber visitas de representantes de fundos vindos
principalmente de Londres
com interesse em áreas florestais, de infraestrutura, de turismo, entre outras.
O fundo inglês Oxygen PLC,
que esteve no Piauí neste mês,
está fechando um negócio ligado a plantio de eucalipto e já demonstrou interesse em projetos relacionados a crédito de
carbono, segundo Sérgio Vilela,
secretário de relações internacionais do Piauí.
Para fevereiro, o governo do
Estado já tem agendadas reuniões com o Reynolds Ventures, outro fundo inglês, interessado na construção de resorts, e
com o grego Axial Capital.
O fundo Delamore & Owl
Group of Companies, inglês
que tem planos de investir US$
3 bilhões no Brasil nos próximos anos, está participando da
concorrência de uma PPP em
Teresina para a construção de
redes de esgoto e tratamento de
água, segundo Carlos Zveibil
Neto, vice-presidente da Apeop
(Associação Paulista dos Empresários de Obras Públicas).
"Nós avaliamos que os fundos de investimentos estão
mais inseguros em relação aos
mercados financeiros e passaram a buscar alternativas", afirma Vilela.
Acredita-se também que a
ampliação do aeroporto internacional de Parnaíba possa estar atraindo atenção para o turismo no Piauí, devido à proximidade de Jericoacoara, no
Ceará, e Lençóis Maranhenses,
cujo acesso via Parnaíba poderia ser incrementado.
"Recentemente, uma empresa indiana confirmou a aquisição de direito de exploração de
uma reserva de ferro, temos os
investimentos nos aeroportos e
a infraestrutura do Estado
crescendo. Tudo isso cria condições para recebermos investimentos", diz Vilela.
Nós avaliamos que os
fundos de
investimentos estão
mais inseguros em
relação aos mercados
financeiros e passaram a
buscar alternativas
SÉRGIO VILELA
secretário de relações internacionais do
Estado do Piauí
DIRETO DE DAVOS
IPOs NA EUROPA
Um banqueiro europeu,
que pediu para não ser
identificado, disse à Folha que está ligeiramente
otimista com o continente, pois todos os CEOs de
"private equities" com
quem ele conversou durante o Fórum Econômico Mundial, na Suíça, disseram que pretendem "fazer dinheiro" com IPOs
(oferta inicial de ações, na
sigla em inglês), que devem crescer neste ano.
SEGUIDORES
Cerca de 1,5 milhão de
pessoas estão seguindo o
que ocorre no Fórum pelo
twitter, segundo Matthias
Lüfkens, responsável pela
área de mídia social do
evento em Davos.
PICOLÉ
Com sua viagem a Davos marcada na última
hora, Guido Mantega teve
de passar a noite em Zurique após buscar sem sucesso hotel no resort nos
Alpes suíços. "Se eu fosse
para lá, teria de acampar",
brincou. "A -16C, não
dá." O ministro ainda teria de encarar a estrada
hoje cedo: sem o presidente Lula, nada de helicóptero.
NOKIA PERDE ESPAÇO
Sem revelar números, a
Nokia disse que perdeu
participação de mercado
no Brasil e a filial no país
da companhia finlandesa
caiu no ranking interno
de faturamento no ano
passado. Em 2008, a filial
brasileira teve a oitava
maior receita do grupo e
agora perdeu uma posição, sendo ultrapassada
pela espanhola. Outra
mudança entre as dez
maiores receitas ocorreu
com a divisão americana,
que saiu da sétima para a
quinta colocação.
BUTIQUE DE IMÓVEIS
Com o aquecimento do mercado imobiliário, a incorporadora IdeaZarvos está
desenvolvendo um projeto arquitetônico
sofisticado para um empreendimento de
pequena metragem. O imóvel está em fase de desenvolvimento e deve ser lançado
em quatro meses. Os apartamentos terão
de 60 m2 a 70 m2 e estarão localizados na
Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo.
"Vamos oferecer um produto um pouco
mais barato para aquelas pessoas que não
conseguem comprar um apartamento com
um conceito de arquitetura mais moderna
e design diferenciado", disse Otávio Zarvos, proprietário da IdeaZarvos. Um apartamento do novo projeto deve custar em
torno de R$ 350 mil. A incorporadora já comercializou imóvel a R$ 1,5 milhão, com
250 m2. A empresa desenvolve projetos diferenciados, em que o cliente define a planta, e premiados, como o edifício 360 do arquiteto Isay Weinfeld.
APAGÃO DO EMPREGO 1
Em reunião na última
quarta-feira, em São Paulo,
empresários de diversos setores da indústria brasileira
demonstraram preocupação
com o repentino aumento
do número de trabalhadores
que pedem para serem demitidos. Segundo os empresários, o fato está ligado ao
aumento do valor recebido
pelo seguro-desemprego,
para até R$ 954,21, que entrou em vigor no primeiro
dia deste ano.
APAGÃO DO EMPREGO 2
O trabalhador menos especializado está preferindo
ficar em casa, por até cinco
meses, mesmo ganhando
menos do que se estivesse
no chão de fábrica. Enquanto isso, sobram vagas nas escolas de ensino profissional
e técnico, de requalificação
do trabalhador. No Senai e
no Cefet de Santa Catarina,
das 77 mil vagas disponíveis,
24 mil não foram preenchidas. "É o apagão da mão de
obra", disse um industrial.
VERDE
O hábito de separar o lixo para reciclagem é mais comum entre homens e mulheres das classes A e B, e principalmente no interior, segundo pesquisa realizada pela
Quorum Brasil, com mais de 200 entrevistas no Estado
de São Paulo, em dezembro. A reutilização da água é
uma prática mais valorizada pelos homens das classes C
e D. Não jogar óleo na pia ou no lixo não é um hábito
muito valorizado, mas aparece com mais ênfase entre os
mais pobres. A prática menos valorizada por todos é a
compra de produtos com embalagens recicláveis.
PATENTE
A japonesa Fujitsu, gigante do ramo eletrônico, disse ontem que já era proprietária da marca iPad, que foi usada pela
Apple para batizar o novo computador tablet lançado na
quarta-feira. "No nosso entendimento, o nome é nosso",
disse Masahiro Yamane, diretor da Fujitsu, ao "New York
Times". O aparelho nipônico, que já existe desde 2002, é
usado pelo varejo para controle de estoques e preços. A empresa japonesa está consultando os seus advogados para decidir os próximos passos.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, ÁLVARO FAGUNDES e LUCIANA COELHO
Próximo Texto: Lula renova concessões do setor elétrico Índice
|