São Paulo, sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

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Após forte oscilação, Bolsa fecha em alta de 0,8%

Dados dos EUA desagradam, e NY cai 1,1%; dólar vai a R$ 1,867

DA REPORTAGEM LOCAL

Os pregões de ontem foram marcados por muito sobe e desce. A BM&FBovespa alternou momentos de alta e de baixa e acabou por se sair melhor que seus pares internacionais, ao registrar valorização de 0,80%. Foi a apresentação de dados econômicos mais fracos que as projeções nos Estados Unidos que esfriou o dia, que prometia ser de recuperação.
A BM&FBovespa chegou a subir 1,5% na primeira hora de operações. Com a deterioração do humor no mercado internacional, passou para o vermelho e marcou perdas de 0,81% na mínima do dia. A recuperação veio apenas nos últimos momentos do pregão.
Wall Street ensaiou uma melhora, mas não conseguiu escapar da baixa. O índice Dow Jones registrou recuo de 1,13% e a Nasdaq caiu 1,91%.
O que desagradou aos investidores foram os pedidos de seguro-desemprego nos EUA, acima das projeções, e as encomendas de bens duráveis no país em dezembro, que foram menos intensas que o esperado pelos analistas. Esses números reacenderam os temores de que a retomada da maior economia do mundo seja mais lenta que o desejado.
O mercado europeu também reagiu com pessimismo. A Bolsa de Londres sofreu perdas de 1,37%, enquanto Frankfurt teve recuo de 1,82%.
Segundo operadores de corretoras, foram os investidores locais que foram às compras e salvaram o dia. A saída dos estrangeiros desde a semana passada tem sido bastante punitiva para a Bolsa doméstica.
O balanço das operações feitas com capital externo na Bolsa está negativo em R$ 1,68 bilhão neste mês, até o dia 26. Isso significa que os estrangeiros mais têm vendido que comprado ações brasileiras.
Apesar da fraqueza do petróleo, que fechou a US$ 73,64 em Nova York, com leve baixa de 0,04%, as ações da Petrobras reagiram e definiram o rumo da Bolsa. O papel preferencial da Petrobras terminou o pregão com alta de 1,46%.
O câmbio acompanhou as oscilações vivenciadas no mercado acionário. O dólar foi negociado, no piso e no teto de ontem, entre R$ 1,845 e R$ 1,878. No fim, encerrou cotado a R$ 1,867, com apreciação de 0,43%. No mês, o dólar alcança expressiva valorização de 7,11% em relação ao real.
(FABRICIO VIEIRA)


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