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BC aumenta previsão do PIB para 4,1%
Instituição estimava alta de 3,8% e diz que mudança se deve ao setor agrícola
Novos dados do IBGE, dando conta de maior crescimento do que o anunciado no ano passado, não devem elevar a previsão antes de junho
NEY HAYASHI DA CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Mesmo sem levar em consideração os novos números do
PIB (Produto Interno Bruto)
de 2006 divulgados ontem, o
Banco Central elevou de 3,8%
para 4,1% sua projeção da expansão da economia neste ano.
Na avaliação do BC, indicadores mais favoráveis do setor
agrícola já apontavam para
crescimento maior do que o esperado ao longo de 2007, independentemente dos dados do
IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
Ontem pela manhã, o instituto anunciou revisão de 2,9% para 3,7% a taxa de crescimento
do PIB no ano passado. A projeção do BC foi anunciada uma
hora antes de divulgados esses
novos números como parte do
chamado Relatório de Inflação.
Normalmente, parte do crescimento ocorrido em um ano
acaba contaminando o resultado do ano seguinte -logo, uma
expansão mais forte de 2006
poderia ajudar o país a crescer
mais em 2007. Ainda assim, o
BC não quis dar sinais de que a
projeção de crescimento de
4,1% apresentada ontem será,
em breve, revisada para cima.
Segundo o diretor de Política
Econômica da instituição, Mário Mesquita, essa estimativa
só será revisada em junho, no
anúncio da próxima edição do
Relatório de Inflação. Mas o
economista comemorou os novos dados do IBGE. "Qualquer
número que mostra a economia brasileira crescendo mais é
sempre bem-vindo", disse.
Mesquita ainda ressaltou que
a projeção para o crescimento
não inclui o efeito que pode ser
produzido pelas medidas do
PAC (Programa de Aceleração
do Crescimento), que, embora
anunciado em janeiro, depende
da aprovação de medidas provisórias e leis no Congresso para
entrar plenamente em vigor.
Segundo o diretor do BC, o
aumento na projeção da safra
agrícola deste ano, que melhora
as perspectivas para o crescimento do setor, foi um dos
principais fatores que levaram
ao aumento na projeção para a
expansão do PIB em 2007.
Inflação
Pelo lado da inflação, o documento produzido pelo BC reduziu de 4,3% para 4% a estimativa para a alta do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor
Amplo) neste ano -ainda mais
abaixo, portanto, da meta de
4,5% fixada pelo governo.
De forma geral, o BC diz que
os resultados conhecidos até
agora indicam que a inflação
deve continuar sob controle. Os
maiores riscos para a economia
brasileira, segundo o texto, estão nas incertezas dos mercados internacionais. "Não se podem descartar por completo
novas elevações nas taxas de juros nos EUA", diz o documento,
embora ressaltando que esse é
o cenário menos provável.
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