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Receita de SP faz seguro da frota pela 1ª vez
Empresa vence licitação para segurar 178 veículos em São Paulo; contrato é de R$ 420 mil por ano
FÁTIMA FERNANDES
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Pela primeira vez, a Receita
Federal em São Paulo fez seguro para sua frota de 178 carros,
avaliada em R$ 11,5 milhões.
Em pregão eletrônico realizado em 20 de dezembro do
ano passado, a Unibanco AIG
Seguros venceu a licitação em
contrato anual de R$ 420 mil.
Participaram também da licitação a Mapfre Vera Cruz, a AGF
Brasil e a Royal & SunAlliance.
As demais superintendências da Receita Federal no país
não têm seguro para a frota de
veículos, segundo informa a assessoria de imprensa da Receita Federal em Brasília.
A frota de carros do Ministério da Fazenda, ao qual a Receita Federal é submetida, também não tem seguro.
O entendimento da Receita
Federal em São Paulo e em todo o país era o de que os funcionários deveriam arcar com custos de eventuais problemas
causados nos veículos.
"A praxe em São Paulo era: se
uma viatura quebrasse por culpa de terceiros, o funcionário
deveria processar o culpado.
Agora, se a culpa fosse do funcionário, ele é quem deveria arcar com os custos do veículo. O
fato é que muitos funcionários
estavam se recusando a dirigir
as viaturas", diz Marcelo Barreto, chefe da Divisão de Programação e Logística da Receita
Federal em São Paulo.
A decisão da Receita Federal
em São Paulo de colocar os seus
carros no seguro foi inspirada
em edital do Tribunal de Contas da União (TCU), que também fez licitação, por meio de
pregão eletrônico, para colocar
no seguro sua frota de 52 veículos. O pregão aconteceu em julho de 2007.
"Quando soubemos dessa decisão do TCU, pensamos: se o
órgão que nos fiscaliza coloca
os seus carros no seguro, por
que não podemos fazer a mesma coisa? Acredito que outras
instituições também deverão
fazer o mesmo", afirma.
Além disso, nos últimos 12
meses, segundo Barreto, a Receita Federal perdeu cinco picapes em acidentes, o que resultou em prejuízo de cerca de
R$ 400 mil para a instituição.
Entre os carros segurados estão 77 Nissan Frontier, 78 Gol,
além de dois ônibus e carros da
Renault e da GM. O valor estimado para a licitação era de R$
610 mil, mas saiu por R$ 420
mil. O valor médio anual do seguro por veículo ficou em R$
2.360, segundo informa a Receita Federal em São Paulo.
"Com base em cotações de
mercado, R$ 610 mil era o valor
que estimávamos para o seguro, mas vamos pagar menos",
diz. Barreto informa que o contrato com o Unibanco AIG Seguros é de um ano, podendo ser
prorrogado por até cinco anos.
"Isso vai depender da experiência que tivermos, se a empresa
vai cumprir todas as cláusulas."
O pregão eletrônico, segundo
informa, foi feito pelo pelo site
ComprasNet. "Durante o procedimento, o pregoeiro conduziu de forma que os participantes fossem baixando os preços."
Antes do leilão, as propostas
apresentadas pelas empresas
para o seguro da frota de veículos foram de R$ 700 mil (Mapfre Vera Cruz), R$ 610.529
(AGF Brasil), R$ 600 mil (Unibanco AIG) e R$ 587.285,00
(Royal & SunAlliance).
A Royal & SunAlliance Seguros informa, por meio de sua
assessoria de imprensa, que
não comenta decisões sobre licitações. Procuradas pela Folha, a Mapfre e a AGF não responderam, até o final deste edição, o pedido da reportagem
para falar sobre a participação
na licitação da Receita Federal.
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