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Concessão de hidrelétrica não muda já, diz ministro
Para Edison Lobão, "há tempo" para discutir questão com mais profundidade
Maioria das licenças só vence em 2015, e ministro diz que
vai nomear comissão
para realizar estudos
sobre alterações em regras
CIRILO JUNIOR
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
O ministro Edison Lobão
(Minas e Energia) sinalizou ontem que o governo não pretende alterar a lei que rege as concessões de usinas hidrelétricas.
Segundo ele, "há tempo" suficiente para discutir a questão
com mais profundidade, já que
a maior parte das concessões só
vence em 2015. Lobão anunciou que vai nomear uma comissão para realizar estudos
sobre as possíveis alterações
nas regras.
"Queremos uma coisa profunda e responsável para que
tenha uma luz no futuro. Isso
não quer dizer que [a mudança]
possa ser feita neste governo.
Muitas das concessões só vencem em 2015. Não há tanta
pressa. O próximo governo e o
próximo Congresso, se julgarem conveniente, que promovam alterações na lei", afirmou
Lobão durante visita à sede da
EPE (Empresa de Pesquisa
Energética), no Rio.
O ministro ressaltou que o
governo cumprirá as regras que
são previstas. Ele explicou que,
no caso das usinas de Ilha Solteira e Jupiá, da Cesp (Companhia Energética de São Paulo),
não havia possibilidade de uma
nova renovação da concessão.
As dúvidas em torno da ampliação dessas autorizações foram
apontadas como um dos motivos do fracasso do leilão da
Cesp, nesta semana.
O ministro reiterou que, caso
não seja feita alteração na lei, as
usinas serão devolvidas à União
e licitadas posteriormente.
Em relação ao desligamento
das usinas térmicas, previsto
para ocorrer dentro de 15 dias,
o ministério calcula que a medida proporcionará uma economia em torno de R$ 400 milhões por mês -a geração termelétrica é mais cara que a hidrelétrica.
Lobão informou que ainda
será decidido o volume exato
de energia gerada para térmicas, mas adiantou que, dos cerca de 5.000 MW atuais, pelo
menos metade proveniente de
térmicas a gás deixará de ser
gerada.
Sobre a parceria para construção de hidrelétricas com
países vizinhos, Lobão afirmou
que, além de Argentina e Bolívia, também está prevista a
construção de uma unidade
dentro do território do Peru.
Ao todo, estão previstas seis
hidrelétricas, sendo três em
parceria com a Argentina, duas
com a Bolívia e, agora, uma com
o Peru. As unidades terão capacidade instalada de aproximadamente 12.000 MW.
Combustíveis
O ministro disse não acreditar que o preço da gasolina será
reajustado em 2008, apesar do
aumento do preço do barril de
petróleo no mercado internacional. O último aumento da
gasolina e do diesel ocorreu em
setembro de 2005.
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