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Meirelles pede hoje a Lula para deixar o BC
Presidente não deve impor sua vontade, que é mantê-lo
KENNEDY ALENCAR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, pedirá hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para deixar o
cargo a fim de concorrer nas
eleições de outubro. Segundo a
Folha apurou, Lula repetirá
que prefere que ele fique, mas
não imporá sua vontade.
Ou seja: a tendência é a saída.
Nesse caso, o substituto mais
provável é o atual diretor de
Normas do Banco Central, Alexandre Tombini. A reportagem
apurou, no entanto, que Lula
ainda analisa a hipótese de optar por Luciano Coutinho, o
presidente do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social).
Tombini seria um substituto
para mandato-tampão até o final do atual governo. O desenvolvimentista Coutinho, não.
Significaria uma sinalização de
como seria o BC na hipótese de
ser eleita como sucessora de
Lula sua candidata, a ministra
Dilma Rousseff (Casa Civil).
Ao deixar o posto, Meirelles
manteria abertas três possibilidades nas eleições. Ele alimenta o sonho de ser candidato a vice na chapa de Dilma. Também
pode disputar o Senado por
Goiás ou, menos provável, concorrer ao governo do Estado.
Também contribui para a
saída de Meirelles a sinalização
do Banco Central de que haverá
aumento dos juros na próxima
reunião do Copom (Comitê de
Política Monetária), nos dias 27
e 28 de abril.
O atual presidente do BC não
gostaria de ser o pai de novo ciclo de alta dos juros justamente
no ano eleitoral. A Selic está hoje em 8,75% ao ano.
Filiado ao PMDB, Meirelles
já ouviu da cúpula do partido
que o preferido da legenda para
compor a chapa com Dilma é o
presidente nacional da sigla, o
deputado federal Michel Temer (SP). No entanto, Meirelles ainda pretende insistir.
Como o prazo para a oficialização das candidaturas é o final
de junho, há tempo para Meirelles sonhar em ser vice.
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