São Paulo, segunda-feira, 29 de março de 2010

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Ford vende Volvo para montadora da China

Negócio marca avanço chinês no mercado automobilístico mundial

Venda encerra a incerteza que cercava o futuro da Volvo desde que a crise obrigou as montadoras americanas a vender filiais

DA REDAÇÃO

A automobilística americana Ford anunciou ontem a venda de sua subsidiária sueca Volvo para a chinesa Geely por US$ 1,8 bilhão.
A aquisição da Volvo é a maior aposta de uma companhia chinesa de automóveis nos mercados da Europa e dos EUA. A transação simboliza a mudança gradual do centro automobilístico mundial da Europa e dos EUA para a China, segundo analistas.
A transação entre Ford e Geely encerra a incerteza que cercava o futuro da Volvo desde que a crise obrigou as montadoras americanas a vender as suas filiais europeias -a Ford colocou a subsidiária sueca à venda e a GM vendeu a Saab para a holandesa Spyker.
A sueca Volvo tinha sido comprada pela Ford por US$ 6 bilhões em 1999.
A expectativa das empresas envolvidas na transação é que a aquisição da Volvo seja concluída no terceiro trimestre deste ano. Em dezembro, as companhias já tinham anunciado ao mercado que fecharam "todos os termos comerciais substantivos" para a venda da Volvo.
A Geely deve comprar 100% da Volvo e todos os seus ativos. A companhia chinesa informou ontem que espera dobrar as suas vendas após a aquisição.
A chinesa concordou em manter a presença da Volvo na Europa. A automobilística tem uma fábrica na Suécia e outra na Bélgica.
A Ford sofreu o impacto da crise global e tenta levantar recursos para voltar o foco às operações centrais da empresa. A montadora, entretanto, foi a única das grandes que não recorreu à ajuda do governo dos Estados Unidos para sobreviver à crise. A empresa teve um lucro de US$ 2,7 bilhões em 2009, o primeiro resultado positivo anual desde 2005.
O fato de não ter que recorrer a empréstimos da Casa Branca foi um dos fatores que influenciaram o resultado positivo, já que a empresa conseguiu melhorar a sua imagem e conquistar novos consumidores.

Com o "Financial Times" e o "New York Times"



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