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MERCADO FINANCEIRO
Declínio da inflação também ajuda na alta; banco Merrill Lynch reduz recomendação para ADRs
Bolsas dos EUA puxam; Bovespa sobe 2,77%
DA REPORTAGEM LOCAL
A alta das Bolsas internacionais,
a queda da inflação e a continuidade da desvalorização do dólar
fizeram o preço das ações dispararem ontem na Bolsa de Valores
de São Paulo. O Ibovespa, índice
que mede a variação dos 54 papéis mais negociados, fechou em
alta de 2,77%, aos 12.462 pontos.
Nos EUA, a divulgação de resultados corporativos acima dos esperados fez o índice Dow Jones da
Bolsa de Nova York subir 1,99% e
a Bolsa eletrônica Nasdaq fechar
em alta de 1,93%.
No mercado interno, o dólar fechou pela primeira vez no ano
abaixo de R$ 3, o que favorece as
empresas com alto grau de endividamento em dólares e receitas
em reais, como é o caso da maioria das companhias de telecomunicações e energia.
Além disso, a Fipe informou
que a inflação medida pelo IPC
(Índice de Preços ao Consumidor) no município de São Paulo,
nos últimos 30 dias até 22 de abril,
foi de 0,71%. Apesar de ainda ser
considerado alto, nas duas medições anteriores o índice tinha sido
maior, o que demonstra sinais de
desaceleração.
Das dez ações mais negociadas
ontem, apenas a PNA da Vale do
Rio Doce fechou em queda, de
0,24%. De todas as ações que
compõem o Ibovespa, a maior alta foi a PN da Net, que subiu 8,8%,
e a maior baixa foi a ON de Tractebel, que caiu 2,1%.
Telecomunicações
O banco Merrill Lynch rebaixou
a recomendação das ADRs (American Depositary Receipt, ou recibo de ações de empresas listadas
na Bolsa de Nova York) da Brasil
Telecom Participações e da Telemar de "compre" para "neutro".
Segundo o banco, o preço das
ações das duas empresas possuem uma grande correlação com
o C-Bond -título da dívida externa que acumula em 2003 alta
de 29%- e se beneficiaram da recente melhora do ambiente político e econômico do país.
Entretanto, o banco acredita
que, na atual fase de discussão das
reformas previdenciária e fiscal, o
risco-país não deverá continuar a
trajetória de queda no curto prazo, e com isso as ações também
não deverão se valorizar na mesma velocidade dos últimos meses.
Desde o início do ano, as ações
preferenciais da Brasil Telecom
Participações já subiram 11,9%, e
as da Telemar acumulam alta de
19,5%.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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