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TRABALHO
Após cinco horas de reuniões, governo não chega à definição; presidente hesita entre conceder valor maior e seguir ajuste fiscal
Novo valor do mínimo segue em impasse
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de mais duas reuniões
ontem, que totalizaram cerca de
cinco horas, o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva não conseguiu definir o novo valor do salário mínimo a partir de 1º de maio.
A expectativa é que esse valor seja
definido até amanhã.
Lula ouviu, nas reuniões, novos
argumentos para elevar o salário
mínimo acima de R$ 260. Esse é o
valor defendido pela área econômica. Outros integrantes do governo querem um mínimo de R$
270 a partir do próximo sábado.
A definição do salário mínimo
já levou Lula a 17 horas de reunião
com seus principais auxiliares nas
últimas semanas. A Folha apurou
que, nos encontros de ontem, o
presidente deixou claro que está
"inconformado" com as dificuldades para dar um reajuste
maior, já que considera essa uma
bandeira histórica do PT.
Lula hesita entre elevar o mínimo para R$ 270, abandonando a
idéia de um grande programa de
habitação popular na casa dos R$
2 bilhões, ou fechar com a posição
da equipe econômica, mais preocupada com o ajuste fiscal. Para
compensar um aumento modesto, Lula deverá anunciar um reajuste maior para o salário-família.
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