São Paulo, sábado, 29 de abril de 2006

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Sondagem mostra que indústria de transformação tende a reaquecer

CLARICE SPITZ
DA FOLHA ON LINE, NO RIO

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Após iniciar o ano com previsão de reduzir empregos, a avaliação dos empresários em relação à situação presente dos negócios melhorou com uma maior demanda por seus produtos. As conclusões são da Sondagem Trimestral da Indústria de Transformação, da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Dos 993 entrevistados, 18% acreditam que a demanda está mais forte -o percentual era de 8% em janeiro. Já 27% dizem que a situação dos negócios está melhor, contra 16% em janeiro.
Com a recuperação do nível de demanda e estoques ajustados, os industriais demonstram estar mais satisfeitos com a situação atual dos negócios, mas ainda preferem a cautela em relação ao curto prazo, segundo a FGV.
A situação presente dos negócios foi considerada "boa" por 27% das empresas e "fraca" por 20% delas -as respostas que apontam para estabilidade são descartadas. A diferença entre os dois extremos (o saldo) é a maior desde janeiro de 2005 e supera a média dos últimos dez anos para meses de março.
O sentimento do empresariado para os próximos três meses, no entanto, não anda no mesmo ritmo do otimismo atual.
Para o trimestre entre abril e junho, 54% das empresas prevêem expansão da produção enquanto que 17% esperam por uma redução dela. Em abril do ano passado, 58% das empresas estavam otimistas em relação à produção e 10% apostavam em diminuição.
Com relação ao emprego industrial, 27% das empresas planejam contratar enquanto que 17% reduzir o contingente de mão-de-obra nesse período. Trata-se de uma melhora em relação a janeiro, mas que ainda perde em uma comparação com o mesmo período do ano passado, quando 29% apostavam em aumento de contratações e 9% previam demitir. Mais empresas -4% em abril, contra 2% em janeiro- afirmam que os estoques são insuficientes.
Das empresas consultadas, 55% prevêem melhora da situação dos negócios nos próximos seis meses enquanto que 10%, piora. A diferença de 45 pontos percentuais é maior do que a média histórica para este período do ano.


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