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Sondagem mostra que indústria de
transformação tende a reaquecer
CLARICE SPITZ
DA FOLHA ON LINE, NO RIO
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Após iniciar o ano com previsão
de reduzir empregos, a avaliação
dos empresários em relação à situação presente dos negócios melhorou com uma maior demanda
por seus produtos. As conclusões
são da Sondagem Trimestral da
Indústria de Transformação, da
FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Dos 993 entrevistados, 18%
acreditam que a demanda está
mais forte -o percentual era de
8% em janeiro. Já 27% dizem que
a situação dos negócios está melhor, contra 16% em janeiro.
Com a recuperação do nível de
demanda e estoques ajustados, os
industriais demonstram estar
mais satisfeitos com a situação
atual dos negócios, mas ainda
preferem a cautela em relação ao
curto prazo, segundo a FGV.
A situação presente dos negócios foi considerada "boa" por
27% das empresas e "fraca" por
20% delas -as respostas que
apontam para estabilidade são
descartadas. A diferença entre os
dois extremos (o saldo) é a maior
desde janeiro de 2005 e supera a
média dos últimos dez anos para
meses de março.
O sentimento do empresariado
para os próximos três meses, no
entanto, não anda no mesmo ritmo do otimismo atual.
Para o trimestre entre abril e junho, 54% das empresas prevêem
expansão da produção enquanto
que 17% esperam por uma redução dela. Em abril do ano passado, 58% das empresas estavam
otimistas em relação à produção e
10% apostavam em diminuição.
Com relação ao emprego industrial, 27% das empresas planejam
contratar enquanto que 17% reduzir o contingente de mão-de-obra nesse período. Trata-se de
uma melhora em relação a janeiro, mas que ainda perde em uma
comparação com o mesmo período do ano passado, quando 29%
apostavam em aumento de contratações e 9% previam demitir.
Mais empresas -4% em abril,
contra 2% em janeiro- afirmam
que os estoques são insuficientes.
Das empresas consultadas, 55%
prevêem melhora da situação dos
negócios nos próximos seis meses
enquanto que 10%, piora. A diferença de 45 pontos percentuais é
maior do que a média histórica
para este período do ano.
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