São Paulo, domingo, 29 de abril de 2007

Próximo Texto | Índice

Mercado Aberto

@ - guilherme.barros@uol.com.br

Exportações surpreendem e governo revê a meta de 2007

Apesar de todas as previsões contrárias e da sobrevalorização do câmbio, as exportações surpreenderam e deram um novo salto em abril. O desempenho bem acima das perspectivas levou o governo a rever para cima a meta de US$ 152 bilhões definidas para as exportações neste ano.
As exportações de abril devem ter superado a marca de US$ 12 bilhões, o que significa um inesperado crescimento de 23,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. O mais curioso é que houve uma inversão. As importações, que vinham crescendo num ritmo mais rápido, tiraram o pé do acelerador em abril.
A tendência é a importação ter fechado perto de US$ 8 bilhões, o que representa uma expansão de 16,5% em comparação ao mesmo mês de 2006.
Até abril, as exportações cresciam a um ritmo mais lento, de 15% ao mês, enquanto as importações se expandiam a 25%. Ou seja, para espanto de especialistas, os papéis se inverteram em abril.
O economista Fernando Ribeiro, da Funcex, diz que esse crescimento das exportações se deve principalmente ao aumento da demanda externa por parte dos países que mais compram do Brasil. Em fevereiro, o índice de crescimento da demanda externa calculado pela Funcex já tinha registrado uma alta de 23,8% em relação ao mesmo mês do ano passado e no primeiro bimestre, de 24,4%. Já as importações mundiais aumentaram 15,4% em fevereiro.
Esse aumento da procura por produtos brasileiros é que justifica essa explosão das exportações. Com isso, os preços e o volume dos produtos exportados têm aumentado significativamente e, assim, driblado os efeitos da apreciação cambial.
Ribeiro chama a atenção para o fato de que as exportações brasileiras se concentram principalmente nos produtos básicos e em semi-manufaturados, que não sofrem tanto o efeito do câmbio. Já as exportações dos manufaturados crescem num ritmo muito baixo.

Sergio Arno abre restaurante em Salvador

O chef Sergio Arno, dono do La Vecchia Cucina, vai levar sua cozinha italiana para a Bahia.
No cenário gastronômico brasileiro desde 1987, ele se prepara para abrir seu primeiro restaurante em Salvador, o 33 Sergio Arno. A nova casa, com inauguração prevista para o dia 22 de maio, será orientada pelo chef, que afirma que vai aliar hambúrgueres artesanais à tradição das massas.
"Farei visitas mensais a Salvador para acompanhar de perto o preparo dos pratos", diz Arno, que comanda outras casas como o La Pasta Gialla- com dez unidades em São Paulo, Campinas, Recife e Curitiba-, o Alimentari e o Duets.

RUMO À COPA

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, acaba de fechar com o Banco Itaú a primeira cota de patrocinador oficial da candidatura do Brasil à Copa de 2014. Por R$ 4,5 milhões, o banco terá direito, até o início de 2008, a explorar o marketing como patrocinador da candidatura e se credencia também, com alguns corpos de vantagem sobre os seus concorrentes, a se tornar o patrocinador oficial caso o Brasil seja o escolhido. A decisão será anunciada em novembro. As negociações com o Itaú foram conduzidas por Bia Aydar e Rui Rodrigues, presidente e vice da MPM, a agência da Copa. "Agora vamos partir para outro", diz Bia Aydar. A idéia de Ricardo Teixeira é de limitar ao máximo de seis cotistas. Enquanto isso, vão de mal a pior as negociações da CBF com a Vivo para manter o patrocínio oficial da seleção brasileira. O problema de Teixeira é que a Vivo paga US$ 4,5 milhões pelo patrocínio, enquanto a AmBev desembolsa US$ 10 milhões, e a Nike, US$ 12 milhões. A Vivo fez uma nova proposta, mas inferior ao imaginado por Teixeira.

PRIMEIRO EMPREGO
A canadense Estelle Morin, coordenadora de pesquisa internacional sobre o sentido do trabalho para altos executivos -que já vem sendo aplicada também no Brasil-, estará em São Paulo no dia 3 de maio, em congresso sobre o primeiro emprego promovido pelo grupo de educação privada Pitágoras.

EM ALTA
Em março, as empresas do comércio atacadista de produtos químicos e petroquímicos registraram um desempenho das vendas em dólares 16,4% superior a fevereiro. Em reais, o aumento verificado nas vendas foi de 14,3%. Segundo a Associquim (Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos Químicos e Petroquímicos), o comportamento observado em março pode ser explicado pelo maior número de dias úteis do mês, em comparação com o mês anterior, e pela retomada da atividade econômica no final do primeiro trimestre.

CCCCCC
De acordo com os últimos dados da Anatel, no primeiro trimestre deste ano a Claro liderou a aquisição de novos clientes em todos os DDDs do estado de São Paulo. De cada 100 novos clientes, 65 foram para a operadora. Esta semana, a Claro comemorou seus resultados do trimestre e o destaque ficou para o DDD 11 (Grande São Paulo), com mais de 166 mil novos clientes (69%). Já em Ribeirão Preto (DDD 16), a Claro é líder e obteve 89% de novos clientes no período. A Vivo é a empresa de telefonia celular líder no Estado de São Paulo, de acordo com dados fornecidos pela Anatel em março. A operadora é responsável por 43,1% do mercado paulista contra 31,6% da Claro. A Tim fica em terceiro lugar no ranking com apenas 25%.

A Vivo é a líder do mercado de telefonia celular brasileiro, com 28,4% de participação, de acordo com dados de março da Anatel. Essa participação aumenta consideravelmente em relação aos seus principais concorrentes quando se restringe aos Estados em que a operadora está autorizada a operar pelo órgão regulador. A Vivo é líder de mercado disparado, detendo 37,5% de market share, contra 25,8% da Claro e 23,7% da Tim.

CHAPÉU NA MÃO
Fernando Pimentel, prefeito de Belo Horizonte, vai a Washington, na terça. Ele tem audiência com o presidente do BID, Luiz Alberto Moreno. Pimentel busca financiamento para o Programa Vila Viva, de urbanização de vilas. Na véspera, irá à Comissão pelo Desenvolvimento Sustentável, em NY.

AÇÕES
Até abril, houve um volume recorde de ofertas de ações na Anbid. Foram 19. No mesmo período de 2006, foram 12. Os montantes envolvidos também demonstram a alta desse tipo de operação no mercado, sendo R$ 12,72 bilhões em 2007, contra R$ 8,3 bilhões em 2006. Há perspectiva de alta das ofertas de ações no mercado, já que ainda há previsão de sete registros na associação e estão em análise na CVM 12 ofertas.

LINHA CRUZADA
A Claro liderou a aquisição de novos clientes em todos os DDDs do Estado de São Paulo, segundo dados da Anatel. De cada 100 novos clientes, 65 foram para a operadora. Também segundo dados de março da agência, a Vivo é a empresa de telefonia celular líder no Estado de São Paulo. A operadora é responsável por 43,1% do mercado paulista, contra 31,6% da Claro. A TIM fica em terceiro lugar no ranking, com 25%.


Próximo Texto: Cortadores de cana têm vida útil de escravo em SP
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.