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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Analistas reagem com cautela à nova tele
A reação do mercado ontem
ao anúncio da aquisição de Brasil Telecom pela Oi não foi das
mais favoráveis, tanto que as
ações registraram queda. Os
primeiros relatórios dos analistas de banco demonstraram
um certo ceticismo em relação
à operação.
O relatório mais pessimista
foi do banco Merrill Lynch, que
rebaixou para neutra as ações
tanto da Telemar, controladora
da Oi, como da Brasil Telecom,
por ver potencial de ganhos limitados nas ações ordinárias e
riscos nas preferenciais. O banco americano argumenta que a
expectativa de distribuição de
dividendos será menor do que
se previa.
Já o Bradesco foi mais cauteloso em seu relatório. Afirma
que a compra vai ser vantajosa
para a Telemar, mas, mesmo
assim, diz que, como a conclusão da operação deve levar muitos meses para se concretizar,
os ganhos com a fusão das empresas só devem começar a
aparecer em 2009. O banco recomenda aos investidores compra para as ações ordinárias da
Telemar e neutralidade para as
preferenciais.
Diante dessa reação, o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, fez ontem de manhã duas
conferências com analistas de
mercado, uma delas em inglês,
para tentar explicar melhor a
operação. Segundo ele, o mercado ainda não assimilou totalmente à operação e, por isso, a
reação acabou sendo contraditória.
A Standard & Poor's, por
exemplo, manteve o rating para
a Telemar e a Brasil Telecom. A
agência de classificação de risco diz que, se as autoridades regulatórias aprovarem a transação, a nova companhia irá se
beneficiar de significativas sinergias, o que levará a melhora
nos fundamentos do fluxo de
caixa.
Para Luiz Falco, os fatos relevantes foram bastante esclarecedores e a tendência é que,
pouco a pouco, todos os pontos
serem solucionados.
"Há um consenso geral de
que a operação foi muito boa
para todo mundo e as pequenas
dúvidas dos investidores são
sempre no sentido construtivo", diz ele.
Frase
"Há um
consenso geral de
que a operação foi
muito boa para todo
mundo e as
pequenas dúvidas
dos investidores são
sempre no sentido
construtivo"
LUIZ EDUARDO FALCO
presidente da Oi
Executivos aceitam abrir mão de salário para projetos ecológicos
Executivos de muitos países
estão dispostos a abrir mão de
parte de seus salários para incentivar iniciativas ecológicas
promovidas pelas empresas. A
conclusão é de pesquisa da
Korn/ Ferry International com
mais de 2.000 executivos de
cerca de 50 países.
Cerca de 73% dos entrevistados doariam alguma parcela do
que recebem para ser investido
em projetos de sustentabilidade desenvolvidos pelas empresas onde trabalham. Para 40%
dos executivos, seria aceitável
abdicar de 1% a 2% de seus salários. Mas apenas 3% deles gostaria de oferecer mais de 10%
do montante recebido. Para
27%, entregar qualquer parte
da remuneração é inaceitável.
Para Rodrigo Araújo, sócio da
Korn/Ferry, a pesquisa descreve o cenário atual em que a sustentabilidade está em alta. Ele
também atribui o resultado a
possíveis interesses dos executivos em trabalhar em uma empresa reconhecida pelo investimento em iniciativas "verdes".
"Isso vai de alguma maneira
impactar até na valorização das
ações. E vai retribuir ao executivo no valor de mercado da
empresa em que ele trabalha."
VIZINHANÇA
A Marsh Brasil, do grupo Marsh & McLennan Companies,
vai começar a exportar modelos de operações de seguros
massificados para mercados vizinhos. Sherry Gonzalez, diretora regional de afinidade da empresa para a América Latina, recebeu no Brasil os presidentes da Marsh México, Ricardo Brockmann e Gonzalo Sanín, da Colômbia. Brockmann e Sanín vieram ao Brasil conhecer os modelos de desenvolvimento e distribuição de massificados da Marsh Brasil para adaptá-los em seus países. Das 6,2 milhões de apólices de seguros massificados emitidas pela Marsh na América
Latina em 2007, 5 milhões foram produzidas no Brasil. "O
país é plataforma de exportação", diz Sherry Gonzalez, que
comanda as operações de massificados da Marsh em Porto
Rico, México, Venezuela, Colômbia, Peru, Chile e Argentina.
ENGRENAGEM
Além do Brasil, a Ford escolheu a Índia para compor
a lista -completada por Reino Unido- dos três países
que produzirão os novos
motores de última geração.
Em Taubaté (SP) a Ford investirá R$ 600 milhões.
TIJOLO
O emprego da construção
pesada subiu 0,40% em
março, com admissão de 172
trabalhadores, ante fevereiro, diz o Sinicesp. Em 12 meses, a alta foi de 27,75%, com
abertura de 9.354 postos.
Em março de 2007, o setor
empregava 33.706 trabalhadores e, em março deste ano,
43.060 empregados.
DIGITAL
A operadora Jet entrou
em Cuiabá e investiu R$ 16
milhões na digitalização da
cidade -TV por assinatura,
banda larga e telefonia IP.
PUBLICIDADE:
LABORATÓRIO FARMASA CONTRATA
AGÊNCIA DM9
Depois de a EMS entregar
sua conta publicitária à W/
Brasil e a Mantecorp escolher a Africa, a Farmasa contrata a DM9DDB. Com 50%
do capital nas mãos do GP
Investments, a Farmasa tem
80 marcas isentas de prescrição, como Lisador e Rinosoro. "Com a alta da classe
C, a tendência é uma guerra
na comunicação de medicamentos", diz Sérgio Valente,
presidente da DM9. O mercado de produtos isentos girou R$ 6 bilhões em 2007.
DE NOVO
A AmBev teve R$ 67 milhões em receita extra, em
2007, com reaproveitamento de subprodutos. A ação é
parte do programa de ecoeficiência. Foram reaproveitados 98,2% dos resíduos.
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