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Bolsa de SP escapa de baixa e registra leve alta de 0,2%
Europa volta a sofrer perdas;
dólar recua para R$ 1,753
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de estar ainda com a
Europa em foco, a BM&FBovespa conseguiu, ao menos, escapar de amargar mais um dia
de perdas. O índice acionário
Ibovespa terminou o pregão de
ontem com pequena alta de
0,22%, aos 66.655 pontos.
O mercado de câmbio também teve um dia menos tenso e
o real recuperou espaço. O dólar terminou as operações cotado a R$ 1,753, com depreciação
de 0,68%. No acumulado do
ano, a moeda norte-americana
ainda registra alta de 0,57%.
O mercado doméstico respirou em sintonia com Wall
Street. A decisão do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) de
manter a taxa básica do país em
seu piso, em uma faixa entre zero e 0,25%, foi bem recebida.
Com os juros nesse patamar, os
títulos do Tesouro dos EUA se
mantêm com baixa atratividade. O índice Dow Jones subiu
0,48%. A Bolsa eletrônica Nasdaq ganhou 0,01%.
Na Europa, as ações voltaram
a registrar perdas. O rebaixamento da nota de risco da Espanha pela agência Standard &
Poor's realimentou os temores
de que outros países europeus
entrem em crise aguda, como
tem ocorrido com a Grécia. A
Bolsa da Espanha perdeu 3%.
Frankfurt recuou 1,22% e Londres registrou queda de 0,30%.
Se o resultado da Bovespa
não foi muito expressivo, algumas de suas ações mais negociadas registraram ganhos elevados. Na lista dos papéis do
Ibovespa com altas mais fortes
apareceram MMX Mineração
ON (4,37%), Lojas Renner
(4,05%) e Gol PN (3,81%).
O setor de siderurgia e mineração -à exceção da MMX-
teve mais um dia de perdas. O
aumento das preocupações
com o futuro da economia grega e de outros países europeus
tem prejudicado o desempenho das commodities metálicas
no mercado externo.
As ações da Vale, que têm liderado as operações na Bolsa,
recuaram. Para Vale PNA, o dia
foi de baixa de 0,60%; Vale ON
caiu 0,67%. Juntos, os papéis
da Vale responderam por 21%
da movimentação do pregão.
O papel ON da Siderúrgica
Nacional perdeu 1,22%. Gerdau
PN recuou 0,55%.
Já as ações da Petrobras não
ignoraram a elevação do barril
de petróleo no exterior. O papel
PN da Petrobras subiu 0,90%.
Em Nova York, o petróleo terminou cotado a US$ 82,44 o
barril, após alta de 0,95%.
Saída
O resultado de ontem manteve o Ibovespa distante de seu
pico histórico -os 73.516 pontos registrados em maio de
2008. Neste ano, a máxima alcançada pelo índice foram os
71.784 pontos do último dia 8.
O fato de a Bolsa brasileira
ter uma elevada participação
de investimento estrangeiro
acaba por ser algo negativo em
um cenário como o vivenciado
nesse momento. A categoria
tem sido responsável por pesadas vendas de ações brasileiras
nos últimos dias, o que explica
parte da já expressiva queda de
5,28% registrada pela
BM&FBovespa neste mês.
O movimento recente do capital externo representa uma
virada no que ocorria no mercado no começo do mês. Até o
dia 8, R$ 1,31 bilhão líquido em
recursos externos havia sido
destinado a ações brasileiras.
Mas, no último dia 26, esse saldo já estava negativo em R$
130,6 milhões.
O impacto negativo das movimentações dos estrangeiros
apenas não tem sido maior porque a participação da categoria
recuou neste ano. O capital externo responde por 27,4% do
total movimentado na Bolsa
em 2010. No ano passado, a categoria realizou 34,2% dos negócios que aconteceram na
Bolsa de Valores.
(FABRICIO VIEIRA)
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