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NEGOCIAÇÃO
Base aliada adia a votação do reajuste para aposentados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os líderes da base aliada ao
governo na Câmara e no Senado adiaram ontem a votação da medida provisória de
reajuste dos aposentados. A
previsão, segundo o líder governista na Câmara, Cândido
Vaccarezza (PT-SP), é que a
discussão seja retomada na
próxima semana.
Parte da base aliada na Câmara e no Senado insiste em
um reajuste maior do que o
proposto inicialmente pelo
governo, de 6,14% aos aposentados que ganham mais
de um salário mínimo. O aumento é retroativo a janeiro.
Também há resistência à
aplicação do percentual de
7%, proposto ontem por Vaccarezza, relator da medida
provisória na Câmara.
Esse índice havia sido
acertado anteontem por ele e
o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), após encontro com o
presidente Lula e ministros
da área econômica.
"Não tem condições de
abrir mão do [reajuste de]
7,7%", afirmou o líder do
PMDB no Senado, Renan
Calheiros (AL). O deputado
Henrique Eduardo Alves
(RN), líder peemedebista na
Câmara, afirmou que a bancada do partido não votará a
questão sem estar "afinada"
com a base aliada do Senado.
Hoje os senadores governistas terão um jantar com
Lula, que tentará enquadrar
a base aliada para fechar o
acordo em 7%.
Segundo Jucá, há possibilidade de veto do presidente
caso o índice de reajuste ultrapasse 7%.
De acordo com dados do
governo, o reajuste de 6,14%
custaria R$ 6,7 bilhões por
ano à União. O aumento de
7% teria um impacto adicional de R$ 1,1 bilhão, enquanto o aumento de 7,71% geraria mais R$ 600 milhões em despesas para o governo
além desse R$ 1,1 bilhão.
(NANCY DUTRA e MARIA CLARA CABRAL)
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