DA REPORTAGEM LOCAL

O italiano Umberto Agnelli, presidente da Fiat, morreu de câncer na quinta-feira passada em sua casa, em Turim, norte da Itália, aos 69 anos.
Umberto Agnelli só assumiu a direção da gigante automobilística após a morte de Giovanni Agnelli, seu irmão, em janeiro do ano passado. À frente da empresa, o executivo teve de se deparar com a maior crise financeira da história da companhia e iniciar um processo de reestruturação.
Com a morte de Umberto, a Fiat deve ficar sem nenhum integrante da família Agnelli no comitê executivo da empresa pela primeira vez desde a fundação da companhia italiana, em 1899.
O sobrinho-neto de Umberto, John Elkann, 27, é o membro da família Agnelli com maiores chances de ocupar uma posição de destaque na direção da empresa. Elkann, porém, é considerado muito jovem para comandar o maior empregador privado da Itália. Por enquanto, a nomeação do novo presidente da Fiat permanece indefinida. "Não sei que tipos de garantia teremos para os nossos empregos", declarou Mario Bosco, funcionário da empresa há 16 anos. "Eu acho que os bancos vão acabar decidindo."

Transferência
De acordo com analistas, a morte de Umberto Agnelli deve acelerar a transferência do controle da empresa em lugar da gestão familiar. Hoje, a família Agnelli detém 30% do grupo Fiat, que é dono das marcas de automóvel Fiat, Ferrari, Maserati e Alfa Romeo.