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No Brasil, empresa teve de refazer as contas e reenviá-las aos EUA
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A Xerox do Brasil já refez seu
balanço financeiro e enviou o documento há alguns dias para a
matriz nos EUA. Poucas alterações foram feitas. A SEC (Securities and Exchange Comission,
CVM dos EUA) exigiu que a disposição da receita da companhia
no país nos últimos cinco anos
fosse alterada. Na prática, ocorreram poucas mudanças nos balanços, que não reduziram o lucro e o
faturamento do período no Brasil.
"As regras contábeis americanas dão espaço para várias interpretações", diz Guilherme Bettencourt, presidente da Xerox no
Brasil. "Por essa razão, pode ser
necessário rever informações já
prestadas", afirma.
Agora, a subsidiária brasileira
incorporará as mudanças exigidas pela SEC na forma como organiza os balancetes. A Xerox, por
exemplo, teve de alterar o modo
como dispõe suas receitas de 1997
a 2001. Os valores foram revistos.
Além disso, em outros países da
América Latina, a SEC exigiu que
a receita obtida com aluguel entrasse como receita de aluguel, e
não como de vendas.
Dias de glória
A subsidiária brasileira do grupo já teve seus dias de glória. Em
1995 ganhou todos os prêmios
distribuídos pela matriz. Anos depois entrou em crise. Em 1999 seu
faturamento foi 42% menor que
em 1998. Segundo analistas de
mercado, a empresa estava habituada a trabalhar para aumentar
as vendas e remeter os lucros para
a matriz. Isso funcionou em tempos de inflação alta e pouca competição. A situação mudou.
Com a adoção do câmbio flutuante no Brasil, em 99, o cenário
se complicou mais, pois a companhia importava 80% dos componentes usados no país. Optou-se
pela substituição de importações
-comprar itens de empresas no
país. Teve de fechar filiais e enxugar o quadro de funcionários. Hoje, é uma empresa mais enxuta.
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