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CÂMBIO
No mercado londrino, moeda chegou a US$ 0,999
Euro se aproxima da paridade com o dólar, e BCs fazem intervenção
DA REDAÇÃO
Os três principais bancos centrais do planeta, o Federal Reserve
(EUA), o Banco Central Europeu e o Banco do Japão, agiram ontem
no mercado de câmbio para conter a valorização do iene ante o
dólar. A intervenção foi feita por
iniciativa do Ministério das Finanças do Japão, que teme que o
país perca competitividade no comércio internacional.
O euro também seguiu ganhando ontem. Chegou a ficar por um
triz da paridade com o dólar, atingindo a cotação de US$ 0,999 no
mercado londrino (no fechamento, a moeda valia US$ 0,9882), o
maior valor desde fevereiro de
2000. Já no mercado de Nova
York o euro encerrou a semana
valendo US$ 0,991.
"A barreira da paridade deve ser
rompida na próxima semana",
disse Hans Redeker, diretor dos
analistas de câmbio do BNP Paribas. "O euro ganhou mais de 12%
desde março, sem nenhuma
grande correção."
Desde o dia 22 de maio, o BC japonês já havia feito pelo menos
seis intervenções, vendendo ienes. Mesmo assim, o dólar seguiu
caindo, atingindo seu menor nível em relação ao iene em nove
meses. Só depois da ação conjunta, com os BCs vendendo iene, a
moeda norte-americana inverteu
a tendência de queda.
Desde o começo do ano, o iene
subiu quase 10% em relação ao
dólar. Com a perda de confiança
nos EUA, por causa da debilidade
econômica e dos sucessivos escândalos corporativos, a moeda
norte-americana vem perdendo
valor ante uma cesta de moedas
desde abril.
Para se manter estável em relação ao iene e ao euro, as duas outras moedas mais importantes do
comércio global, os EUA precisam receber diariamente US$ 1
bilhão em investimentos. Mas o
país deixou de ser um porto seguro para os investidores internacionais, e a entrada de recursos
externos tem ficado abaixo disso.
Quando foi lançado, em 1999, o
euro valia US$ 1,1747, mas, depois
disso, começou a cair. Em outubro de 2000, atingiu sua cotação
mais baixa, US$ 0,8225.
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