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PARCERIA
Recursos dependem de aprovação, pelo Congresso, de acordo de proteção
Investimento alemão poderá crescer
FABÍOLA SALANI
ENVIADA ESPECIAL A BERLIM
Se o acordo de proteção aos investimentos entre Brasil e Alemanha for ratificado pelo Congresso
brasileiro, os pequenos e médios
empresários alemães deverão direcionar mais investimentos ao
maior parceiro comercial que seu
país tem na América Latina.
Essa avaliação foi feita por Hilde
Welte, secretária para a América
Latina do Ministério da Economia e do Trabalho da Alemanha.
"Acreditamos que os empresários
analisam se no país de destino do
investimento há esse tratado bilateral com a Alemanha."
Segundo Welte, mais de 80 países mantêm hoje esse tipo de tratado com a Alemanha -China e
Índia entre eles. E o acordo já vem
sendo negociado com o Brasil
desde o governo Fernando Henrique Cardoso. Tanto que o Congresso alemão já o aprovou.
"Do nosso ponto de vista, essa
ferramenta é muito importante
para proteger os investimentos
dos pequenos e médios empresários. As grandes empresas alemãs
já estão no Brasil."
Welte disse que a Índia se mostrou resistente a assinar o tratado
no início das conversações, em
1992. "Mas foi questão de poucos
anos de negociações e, então, a Índia e outros países da região assinaram o tratado."
Apesar de prever aumento dos
investimentos no Brasil com essa
iniciativa, Welte não arrisca um
palpite de quanto seria esse crescimento. "Nós, como governo,
não podemos obrigar as empresas a investir em um país. Mas o
que podemos dizer é que um
acordo dessa natureza cria as condições para o investimento."
Em sua avaliação, o Brasil é um
dos destinos preferidos dos investidores alemães. "É o país que
mais recebe recursos [alemães]
na América Latina."
O Brasil é hoje, segundo dados
do ministério alemão, o maior
parceiro comercial do país na
América Latina. No ano passado,
as exportações alemãs para o Brasil somaram 4,1 bilhões e as importações, 3,9 bilhões.
A secretária Hilde Welte identifica algumas áreas de interesse
dos empresários alemães no Brasil: infra-estrutura -principalmente rodovias, hidrovias e modernização de portos-, agronegócio e energia renovável. "Sabemos que há uma empresa alemã
interessada em investir em projetos de energia eólica no Nordeste
brasileiro, por exemplo."
A jornalista Fabíola Salani viajou a
Berlim a convite da
Câmara de Comércio Brasil-Alemanha
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