São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 2008

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Fundo vê risco maior para mercados emergentes

Principal preocupação é com pressão inflacionária

DA REDAÇÃO

Apesar de permanecerem "relativamente resilientes" às turbulências até o momento, aumentaram os riscos para os mercados emergentes, de acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), que, no entanto, não menciona quais países poderiam ser mais afetados.
Segundo a entidade, com o alongamento da crise e o aperto das condições de financiamento externo, alguns mercados emergentes estão "sob intensa avaliação", especialmente em relação às políticas para conter o aumento das pressões inflacionárias. O FMI disse ainda que "há sinais claros" de que os investidores estão mais cautelosos em aumentar suas posições nesses mercados.
"A resiliência dos mercados emergentes às turbulências globais está sendo testada, à medida que as condições de financiamento externo estão mais apertadas e os dirigentes enfrentam o aumento da inflação", afirma documento do organismo divulgado ontem.
Passado um ano do início da crise do "subprime" (hipotecas de alto risco) nos Estados Unidos, o FMI afirma que os mercados financeiros globais continuam "frágeis" e que os indicadores de risco sistêmico permanecem "elevados".
"Apesar de os bancos terem tido êxito em levantar mais capital, os balanços estão sob estresse renovado e os preços das ações das instituições caíram acentuadamente. Isso tornou mais difícil levantar capital e aumentou a possibilidade de uma interação negativa entre o ajuste do sistema bancário e a economia real."
Uma das principais preocupações do FMI é com o mercado imobiliário norte-americano. O organismo afirmou que a piora dos empréstimos está se espalhando, com o aumento do número de proprietários que não estão pagando em dia as suas hipotecas -e perdendo as suas residências- e o declínio dos preços das casas.
Para o FMI, a "contenção do declínio do mercado imobiliário dos EUA" irá ajudar tanto os proprietários como as instituições financeiras.


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