São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 2008

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Miguel Jorge defende acordo, mesmo que pouco ambicioso

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE

O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, disse estar otimista sobre a conclusão da Rodada Doha. Segundo ele, é melhor acordo menos ambicioso que nenhum acordo. "Não ter acordo é sempre muito frustrante para quem está negociando. Uma abertura, mesmo que não seja nos níveis que queremos, é um avanço."
Sobre as declarações da imprensa argentina, de que o Brasil teria traído os países emergentes ao aceitar a proposta da OMC, Jorge disse que não houve quebra no relacionamento entre os países em desenvolvimento. "Duvido que o ministro [das Relações Exteriores] Celso Amorim tenha traído seus amigos", disse. "O Brasil pertence ao G20. O fato de ter tomado uma decisão que não seja a mesma da Índia e da Argentina não significa traição."
Em reportagem da edição de ontem, o diário argentino "La Nación" afirma que os países do Mercosul perceberam como "traição" o apoio brasileiro à proposta de Lamy. O secretário argentino de Relações Econômicas Internacionais, Alfredo Chiaradía, disse que a decisão do Brasil "cria tensão" no Mercosul. De acordo com o jornal, "outras fontes diplomáticas argentinas confirmaram que a atitude do Brasil era percebida como uma "traição" do gigante sul-americano contra seus sócios do Mercosul".
(FERNANDO ANTUNES)


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