São Paulo, sábado, 29 de agosto de 2009

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PF mira lavagem de dinheiro via Uruguai

Organização criminosa, composta por seis células de doleiros, movimentava US$ 500 mil por mês

DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Federal realizou ontem uma operação em três Estados para cumprir 29 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão contra uma organização criminosa que atuava no Brasil e no Uruguai na evasão de divisas para lavagem de dinheiro, segundo o Ministério Público Federal.
A quadrilha movimentava cerca de US$ 500 mil por mês e era composta por seis células de doleiros. O principal investigado é o uruguaio Ricardo José Fontana Allende, que, em interceptações telefônicas autorizadas judicialmente, aparece como chefe da organização.
Allende agia, de acordo com as investigações, no Uruguai, mas possuía visto de permanência no Brasil. A sua operadora de turismo, Expo Brasil Passagens e Turismo, camuflava atividades ilegais de câmbio e remessa de dinheiro para o exterior.
Um esquema adicional da quadrilha era o de utilizar importadoras de trigo para simular ou superfaturar compras da mercadoria e, assim, mandar para o Uruguai recursos que depois eram enviados a outros países. Daí o nome da operação da PF, Harina, que significa farinha em espanhol.
Nessa frente de atuação, os principais investigados são o também uruguaio Federico Hernan Las Heras e o doleiro Gustavo Alfredo Orsi, o "Junior". Las Heras é ligado às empresas brasileiras Afil Importação e Comércio e Trigomax.


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