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Dólar sobe pelo 5º dia e tem alta de 2,79% na semana
Moeda fechou a R$ 1,882, o maior valor em um mês
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto a Bolsa de Valores
teve oscilações mais brandas na
semana, o dólar deu um salto de
2,79% no período. Somente ontem, a moeda norte-americana
terminou as operações 0,91%
mais cara, vendida a R$ 1,882.
Essa foi a cotação mais elevada
desde 29 de julho, quando a cotação fechou a R$ 1,904.
Após registrar alta em todos
os pregões da semana, o dólar
passou a acumular apreciação
no mês, de 0,91%. No ano, a
moeda americana ainda está
com baixa, de 19,37%.
Todavia, o mercado ainda
não conta com uma escalada da
moeda americana. A última
pesquisa semanal do BC mostrou que as instituições financeiras esperam que o dólar encerre o ano em R$ 1,85.
"Não vejo uma mudança de
tendência para a moeda. Os
próximos dias tendem a ser de
enfraquecimento do dólar. Entendo que a moeda pode estar
até abaixo de R$ 1,85 no fim
deste ano", avalia Mário Battistel, diretor de câmbio da Fair
Corretora.
De qualquer forma, os investidores estrangeiros ampliaram um pouco suas apostas na
manutenção do dólar em níveis
mais elevados em suas operações realizadas no mercado futuro da BM&FBovespa. Isso indica que esses investidores não
estão, no momento, esperando
que o dólar volte a recuar com
maior intensidade.
No começo deste mês, o dólar
chegou a fechar a R$ 1,81, alimentando a discussão sobre
quanto tempo levaria para retomar o patamar de R$ 1,70.
Mas desde então a moeda americana tem se afastado dessas
mínimas. Durante as operações
da última quinta-feira, o dólar
bateu em sua máxima recente,
ao atingir R$ 1,892.
A semana no mercado de
ações foi bem mais tediosa. A
Bolsa de Valores de São Paulo
fechou ontem praticamente estável (-0,01%). No acumulado
da semana teve recuo modesto,
de 0,05%. Se o resultado da Bolsa ontem não foi animador, ao
menos conseguiu fechar longe
do momento mais fraco do dia.
A Bolsa operou no vermelho
durante quase todo o pregão,
tendo marcado baixa de 0,62%
no pior momento.
O mercado internacional não
colaborou muito para dar ânimo à Bovespa. O índice Dow
Jones, um dos principais de
Nova York, encerrou com recuo de 0,38%. Em Londres o
dia foi melhor, com a Bolsa de
Valores em alta de 0,81%.
Juros
Na próxima semana, os investidores terão na reunião periódica do Copom (Comitê de
Política Monetária do BC) um
importante evento. Apesar de
os analistas terem opinião praticamente unânime, de que o
Copom irá manter a taxa básica
Selic em 8,75% anuais, a nota
que será apresentada após o encontro é aguardada com interesse. Isso porque pode trazer
sinais sobre o futuro da taxa de
juros no país.
No mercado de juros futuros,
os contratos com vencimento
até o final do ano pouco têm oscilado, o que demonstra que os
investidores não contam com
surpresas até dezembro. O contrato de juros futuros com resgate em dezembro fechou ontem com taxa de 8,62%, o que
ilustra a expectativa de manutenção da taxa básica até lá.
"Acreditamos que o BC deva
optar por uma posição mais
cautelosa e manter a taxa Selic
inalterada. Como não vemos
pressões inflacionárias em
2010, acreditamos na manutenção desse patamar de juros
básicos também ao longo do
próximo ano. Mas já começamos a discutir uma possível alta
da Selic em 2011", afirmou, em
relatório apresentado ontem,
Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
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