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Demanda aumenta, e siderúrgicas iniciam retomada neste ano
Com melhora da economia, empresas se recuperam da pior derrocada desde a Segunda Guerra Mundial
DA BLOOMBERG
As siderúrgicas estão retomando a produção em todo o
mundo, da China à Rússia, passando pelos Estados Unidos,
num momento em que o setor
se recupera de sua derrocada, a
pior desde a Segunda Guerra
Mundial.
A OAO Novolipetsk Steel, a
maior siderúrgica russa, elevou
ontem sua projeção da produção para 2009, e a Voestalpine
AG, a maior da Áustria, encerrou o regime de jornada reduzida e reativou um alto-forno. A
Tata Steel Ltd., a maior siderúrgica da Índia, disse que sua divisão Corus vai reabrir uma usina
no País de Gales.
O preços das bobinas de aço
laminado a quente, o produto
siderúrgico referencial, recuperaram em 15% desde 31 de
março, depois de cair 55% nos
três trimestres anteriores, de
acordo com dados da publicação setorial Metal Bulletin.
As usinas reduziram os preços, a produção e o número de
funcionários no segundo semestre de 2008, diante das dificuldades das construtoras e das
montadoras automobilísticas
para sobreviver à crise econômica mundial.
"A demanda vai aumentar a
partir de agora, mas bastante
lentamente", disse John Kovacs, analista da consultoria de
metais CRU Ltd., sediada em
Londres. "O risco é a possibilidade de um excesso de capacidade voltar à produção cedo demais, o que deverá causar uma
recuperação do tipo "dois passos à frente, um passo atrás"".
A Novolipetsk, empresa sediada na Rússia Central, elevou
sua projeção de produção para
este ano em 4%, para 10,5 milhões de toneladas, devido ao
crescimento da demanda e ao
avanço dos preços.
A Voestalpine reiniciou um
alto-forno e reinstaurou a jornada de trabalho plena em sua
unidade de Linz com a "significativa" recuperação da demanda por aços planos.
A ArcelorMittal, a maior siderúrgica do mundo, disse no
mês passado que estava restabelecendo a produção de altos-fornos na Bélgica, França e Espanha. O principal executivo da
U.S. Steel Corp., John Surma,
disse que algumas de suas usinas voltaram à cadeia produtiva diante da expansão das encomendas.
Alta nos preços
Os preços do aço deverão subir no segundo semestre em
vista do aquecimento da demanda, puxado pelos consumidores chineses, escreveu Paul
Cliff, analista da Nomura Holdings Inc..
A demanda por parte da China, a maior usuária mundial de
aço, está "robusta", e as perspectivas para o setor de construção chinês continuam "sólidas", disse Cliff. A demanda
mundial por aço deverá aumentar 12,2% no ano que vem,
depois da queda de 10,3% observada em neste ano, disse a
Nomura.
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