São Paulo, quarta-feira, 29 de setembro de 2004

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Refazendo 2004
A safra paranaense de grãos ficou em 25,9 milhões de toneladas em 2003/4, 14,5% abaixo do recorde de 30,3 milhões atingido no ano anterior. Os dados são do Deral, que mostram produção menor do que a prevista para a safra de inverno.

Estimando 2005
A pouca umidade do solo preocupa os paranaenses, que estão iniciando o plantio de 2004/5. A estimativa é de crescimento da área plantada em 0,6%, para 6,5 milhões de hectares. A produção de grãos da primeira safra poderá chegar a 20,3 milhões de toneladas, com alta de 10,5%.

Os líderes
Nas estimativas do Deral, a produção de soja deve subir para 12,5 milhões de toneladas, com aumento de 25% em relação à deste ano. Já o milho volta a perder terreno ao somar 7,1 milhões de toneladas, 8% abaixo do volume deste ano.

Suíno em queda
O preço do suíno voltou a cair ontem nas principais praças de negociação do interior paulista. A arroba do animal foi comercializada a R$ 56 em alguns frigoríficos. A suspensão da importação de carne brasileira pela Rússia auxiliou na redução no preço.

Café também
A previsão de chuvas nesta semana fez o preço do café despencar na Bolsa de commodities de Nova York. O primeiro contrato recuou 5,70%, para 81,10 centavos de dólar por libra-peso. O mercado interno também reagiu, e os preços caíram 5,76%. A saca de 60 kg recuou para até R$ 235 no interior paulista e em Minas Gerais.

Setor atrativo
As vendas de colhedoras de cana-de-açúcar Case IH, de janeiro a agosto deste ano, já superam em 45% as do mesmo período de 2003. A empresa tem 51% das vendas nacionais e as exportações atingem 50% do volume comercializado no mercado interno.

O líder
Os paulistas são os líderes nas compras de colhedoras. Maior produtor de cana-de-açúcar nacional, o Estado já tem 700 unidades. Isomar Martinichen, diretor comercial da Case, diz que o potencial desse mercado é grande com a maior demanda interna de álcool, exportações maiores e a ampliação da área cultivada.

Cedendo à cana
A Fazenda Água Milagrosa, de Tabapuã (SP), o berço da raça tabapuã, anuncia que vai reduzir o rebanho bovino. Estrategicamente situada a menos de 20 km de quatro usinas de açúcar e de álcool e de duas indústrias de suco de laranja, a fazenda não quer perder as possibilidades invejáveis de investimentos também em outros setores agrícolas.

Sem abandono da raça
Devido a essa nova opção, Carlos Arthur Ortenblad, proprietário da fazenda, coloca à venda parte das novilhas e diz que "vamos passar a produzir menor quantidade, mas com muito mais qualidade". Sobre a responsabilidade da fazenda na raça tabapuã, Ortenblad, meio enigmático, diz que hoje está dando "um passo atrás" que proporcionará, no futuro, "dois passos à frente".

E-mail: mzafalon@folhasp.com.br

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