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FMI manda
"destruir" panfleto
sobre a reunião
DO ENVIADO A WASHINGTON
Apesar da expectativa de que
poucos manifestantes apareçam em Washington nesta semana para a reunião anual do
FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial,
a organização do evento reforçou seu esquema de segurança.
Entre as recomendações dadas aos que pretendem participar do encontro estão: não falar com manifestantes, aceitar
os panfletos que lhe forem oferecidos e evitar multidões.
A preocupação com a segurança começa com os próprios
folhetos contendo instruções
citadas acima: os papéis devem
"ser destruídos" ou "devolvidos à segurança", pois as informações contidas nele "não devem ser divulgadas ao público". Mesmo os mapas com a localização das salas nas quais
acontecerá cada evento só devem ser consultados pelos credenciados para o encontro.
"Aceite, sem fazer comentários, panfletos oferecidos pelos
manifestantes -não entre em
nenhuma discussão", orienta a
organização do evento. "Não
use o seu crachá fora dos locais
dos eventos", diz outra instrução, uma tentativa de evitar
que participantes do encontro
sejam reconhecidos.
A reunião anual de outono
(no hemisfério Norte) do FMI e
do Banco Mundial está marcada para sexta, sábado e domingo. Nesses dias, os quarteirões
próximos às sedes de ambas as
instituições estarão fechados
tanto para automóveis quanto
para pedestres -só pessoas
credenciadas poderão ultrapassar as barreiras. E todos,
mesmo os que possuírem credenciais, estarão "sujeitos a
procedimentos de revista".
Além de preocupações com
possíveis atos de terrorismo, as
medidas de segurança têm por
objetivo conter protestos contra a globalização, como os que
ocorreram na reunião de 2002.
As próprias ONGs envolvidas
não estão muito otimistas
quanto ao tamanho das manifestações. "Não esperamos reunir muitas pessoas", disse Soren Ambrose, da 50 Years Is
Enough (50 anos é o bastante),
ONG criada em 1994, quando
FMI e Banco Mundial completaram 50 anos de fundação.
(NEY HAYASHI DA CRUZ)
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