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VÔO DA ÁGUIA
Confiança se recupera
EUA mantêm taxa de juros em 1% ao ano
DA REDAÇÃO
A despeito dos sinais de recuperação econômica nos EUA, o Federal Reserve (banco central do
país) manteve ontem a taxa de juros em 1% ao ano, o nível mais
baixo desde 1958, e indicou que
não haverá alteração nos próximos meses.
Em nota divulgada após a reunião de seu comitê de política monetária, o Fed diz que os investimentos estão se recuperando e
que o mercado de trabalho passa
por uma estabilização. Diz ainda
que o risco, "ainda que pequeno",
de queda na inflação segue maior
do que o de uma alta nos preços.
Nesse contexto, conclui a nota
do Fed, a atual política monetária
"pode ser mantida por um tempo
considerável".
Desde maio, os diretores do Fed
vêm alertando para o risco de que
haja um processo deflacionário
no país, em decorrência da queda
na atividade. Mas o Fed nunca
utilizou o termo "deflação", usando sempre a expressão "indesejável queda nos preços".
Retomada
Em janeiro de 2001, a taxa básica
dos EUA estava em 6,5% ao ano.
Desde então, o Fed fez 13 cortes,
derrubando-a para 1%. Apesar
dos recentes sinais de recuperação, o desemprego segue elevado
-e o Fed tem indicado que manterá as taxas baixas até que a retomada se estabilize.
Dois relatórios divulgados ontem mostraram que houve uma
melhora na confiança do consumidor norte-americano e que
ocorreu uma recuperação na encomenda de bens duráveis.
De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, os pedidos de bens duráveis feitos à indústria tiveram alta de 0,8% em
setembro. Por outro lado, os números de agosto foram revisados
e, em vez de registrar queda de
1,1%, agora mostram um recuo
mais modesto, de 0,1%.
Em uma mostra de que há uma
retomada nos investimentos, os
pedidos de computadores e equipamentos eletrônicos cresceram
2,6%. A demanda por equipamentos de comunicação registrou um avanço de 5,8%.
Em um outro bom sinal, houve
uma melhora no humor dos consumidores norte-americanos. O
índice de confiança do instituto
Conference Board subiu para 81,1
pontos, contra uma leitura de 77
pontos no mês passado.
O consumo das famílias movimenta dois terços do PIB (Produto Interno Bruto). Por isso, o indicador é um dos mais observados
pelos analistas norte-americanos.
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