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São Paulo, quarta-feira, 29 de outubro de 2003

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VÔO DA ÁGUIA

Confiança se recupera

EUA mantêm taxa de juros em 1% ao ano

DA REDAÇÃO

A despeito dos sinais de recuperação econômica nos EUA, o Federal Reserve (banco central do país) manteve ontem a taxa de juros em 1% ao ano, o nível mais baixo desde 1958, e indicou que não haverá alteração nos próximos meses.
Em nota divulgada após a reunião de seu comitê de política monetária, o Fed diz que os investimentos estão se recuperando e que o mercado de trabalho passa por uma estabilização. Diz ainda que o risco, "ainda que pequeno", de queda na inflação segue maior do que o de uma alta nos preços.
Nesse contexto, conclui a nota do Fed, a atual política monetária "pode ser mantida por um tempo considerável".
Desde maio, os diretores do Fed vêm alertando para o risco de que haja um processo deflacionário no país, em decorrência da queda na atividade. Mas o Fed nunca utilizou o termo "deflação", usando sempre a expressão "indesejável queda nos preços".

Retomada
Em janeiro de 2001, a taxa básica dos EUA estava em 6,5% ao ano. Desde então, o Fed fez 13 cortes, derrubando-a para 1%. Apesar dos recentes sinais de recuperação, o desemprego segue elevado -e o Fed tem indicado que manterá as taxas baixas até que a retomada se estabilize.
Dois relatórios divulgados ontem mostraram que houve uma melhora na confiança do consumidor norte-americano e que ocorreu uma recuperação na encomenda de bens duráveis.
De acordo com o Departamento de Comércio dos EUA, os pedidos de bens duráveis feitos à indústria tiveram alta de 0,8% em setembro. Por outro lado, os números de agosto foram revisados e, em vez de registrar queda de 1,1%, agora mostram um recuo mais modesto, de 0,1%.
Em uma mostra de que há uma retomada nos investimentos, os pedidos de computadores e equipamentos eletrônicos cresceram 2,6%. A demanda por equipamentos de comunicação registrou um avanço de 5,8%.
Em um outro bom sinal, houve uma melhora no humor dos consumidores norte-americanos. O índice de confiança do instituto Conference Board subiu para 81,1 pontos, contra uma leitura de 77 pontos no mês passado.
O consumo das famílias movimenta dois terços do PIB (Produto Interno Bruto). Por isso, o indicador é um dos mais observados pelos analistas norte-americanos.


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