São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2004

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EFEITO EXTERNO

Medida afeta Bolsas, câmbio e commodities

DO "FINANCIAL TIMES"

O movimento do Banco Central chinês de elevar sua taxa de juros afetou os preços internacionais das commodities, as Bolsas e as taxas internacionais de câmbio por todo o mundo.
A reação dos investidores à mudança indica a importância que a China passou a ter internacionalmente. Seu rápido crescimento econômico a tornou uma fonte de demanda para vários produtos.
Os preços dos metais e do petróleo caíram. O mercado de títulos reagiu nervosamente com os títulos de curto prazo, que caíram 0,15 pontos percentuais. O dólar, inicialmente, subiu com a perspectiva dos investidores de que a medida levará a uma menor demanda por commodities, mas depois caiu novamente.
O índice de preços ao consumidor na China subiu para 5,2% em setembro, bem acima da taxa de juros. Mas economistas disseram que o BC deve indicar aos consumidores que a rentabilidade continuará a subir, se a taxa de inflação persistir alta.
O momento da decisão, para analistas, foi uma surpresa, apesar de sentirem a mudança iminente. Muitos disseram esperar novas elevações pela frente. "Está muito claro que eles irão elevar a taxa em mais 25 pontos base nos próximos seis meses", disse Qu Hongbin, economista sênior do HSBC na China.
Para Jonathan Anderson, economista-chefe do UBS na Ásia, no entanto, a medida não indica um movimento de contração no crédito. "Eles estão iniciando um processo de elevação dos juros só para dar um sinal aos bancos e correntistas.

EUA
O Departamento de Tesouro dos EUA disse que o aumento foi consistente com um movimento para tornar o câmbio flexível. O subsecretário do Tesouro, John Taylor, disse que "isto é parte de uma série de mudanças para reduzir as pressões inflacionárias na China [...] A intenção da elevação é consolidar os resultados macroeconômicos obtidos".


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